quinta-feira, 16 de maio de 2024
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Inquérito do MPE investiga aglomeração em live de Gusttavo Lima em Primavera

Investigação tem como um dos alvos, o prefeito Leonardo Bortolin (MDB)

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito civil para apurar eventual descumprindo de medidas de prevenção à Covid-19, durante a live “Embaixador do Agronegócio”, realizada pelo cantor sertanejo Gusttavo Lima no sábado (1°).

O evento foi realizado em uma fazenda no município de Primavera do Leste (243 km de Cuiabá) e gerou muita repercussão nas redes sociais, em razão da aglomeração registrada no local.

A investigação é conduzida pela promotora de Justiça, Carla Marques Salati, conforme portaria assinada no último dia 3.

O inquérito tem como alvo, o prefeito Leonardo Bortolin (MDB), o coordenador de fiscalização da prefeitura, Amarildo de Jesus Martins e a empresa Sandrinn Shows e Eventos Eireli.

Leia também: Gusttavo Lima se irrita durante live em MT e xinga músico

Ao abrir o procedimento, a promotora destacou números da pandemia no Estado, especialmente na cidade de Primavera, que está com taxa de ocupação de 83,33% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e classificação de risco alto para contágio do vírus.

Ela apontou também um decreto baixado pelo próprio prefeito, que suspende os eventos públicos ou privados, corporativos ou sociais com lotação superior ao percentual equivalente a 30% da capacidade dos ambientes.

“A live ‘O Embaixador no Agronegócio’ realizada na Fazenda Iberê, neste município, segundo as imagens e notícias que foram amplamente divulgadas na mídia e chegaram ao conhecimento deste Ministério Público informam que houve participação de grande número de pessoas no referido evento, o que causou aglomeração, com a não exigência de utilização de máscaras pelos participantes ou observância do distanciamento social”, disse a promotora, em trecho da portaria.

Ainda conforme ela, notícias anteriores a realização do evento davam conta de que a live, em tese, contaria apenas com a participação de pessoas do staff do artista, “não podem ser pretexto para a realização de shows e burla aos decretos vigentes”.

Informações

Ao abrir a investigação, a promotora de Justiça fixou um prazo de 10 dias para preste informações a respeito da realização do evento e as medidas tomadas pelo poder público.

Já a empresa organizadora, deverá informar quantas pessoas participaram do evento, o número de mesas e cadeiras disponibilizadas, as medidas de distanciamento social tomadas, bem como o nome do laboratório que realizou a testagem das pessoas presentes no local.

Foram requisitadas ainda, informações sobre o proprietário da fazenda em que foi autorizada a realização do evento e a fonte de recursos utilizadas para custeio da estrutura montada no local e o pagamento do cantor Gusttavo Lima.

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