O vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos) afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos medicamentos terá equilíbrio e minimizou as críticas de que a base do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), tenha ocupado estrategicamente os cargos mais importantes na investigação.
Conforme noticiado pelo Jornal da CBN Cuiabá, reunião do Colégio de Líderes realizada na segunda-feira (10) determinou que o vereador da base Marcus Brito (PV) ocupará a relatoria da CPI. Com a definição, o grupo pró-gestão se tornou maioria na investigação, detendo a relatoria e a presidência – com o parlamentar Lilo Pinheiro (PDT).
Na manhã desta terça-feira (11), o vereador Dr. Luiz Fernando disse que não vê qualquer tipo de intenção de que a CPI seja usada como “manobra para projeções políticas”. Para ele, independente de ser base ou oposição, todos os parlamentares buscam uma solução que beneficie a população diante do escândalo dos remédios vencidos.
“Terá, sim, um equilíbrio. Eu acredito que terá equilíbrio. Essa CPI tem 120 dias para emitir um relatório de clareza, não só para nós enquanto Câmara, mas para a população cuiabana”, afirmou o vereador.
“Vejo que não tem prerrogativa, objetivo nenhum de ser manobra para que possa alavancar alguém politicamente dentro da Câmara municipal. Vejo que é algo que tem que ser muito bem esclarecido”, acrescentou.
Medicamentos vencidos
Os remédios vencidos foram localizados no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos da Capital (CDEMIC), durante uma vistoria realizada por vereadores de oposição.
No local foram encontrados fora do prazo de validade: amoxicilina, ibuprofeno, ritalina, anestésicos, dipirona e paracetamol, por exemplo. Muitos deles, vencidos há mais de anos.
O flagrante foi feito pelos vereadores de oposição Diego Guimarães (Cidadania) – que está licenciado do cargo – Maysa Leão (Cidadania), Michelly Alencar (DEM) e Tenente-Coronel Paccola (Cidadania).
Os parlamentares receberam denúncias que apontavam a suposta existência dos itens fora do prazo de validade e, em vistoria ao local, constaram a situação.
A Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) foi acionada na mesma data e já tem uma apuração de modo a avaliar os prejuízos ao erário por conta desse episódio.