segunda-feira, 17 de março de 2025
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DENGUE E CHIKUNGUNYA

CRM-MT prevê pico de casos em março e pede criação de centros de triagem

Recomendação foi encaminhada às secretarias municipal e estadual de Saúde, além do MPE

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) enviou às autoridades uma proposta para a criação de centros de triagem destinados ao atendimento de pacientes com sintomas das chamadas arboviroses, como a dengue e a chikungunya.

A recomendação técnica foi aprovada por unanimidade pelos conselheiros nesta terça-feira (25) e visa, entre outras coisas, realizar a avaliação rápida do estado de saúde das pessoas, agilizar o atendimento, tornar os diagnósticos eficientes e dar os encaminhamentos adequados.

A recomendação foi encaminhada à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS), Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) e ao Ministério Público Estadual (MPE). Os dados mais recentes divulgados pelo poder público apontam para mais de 15 mil casos confirmados das duas doenças apenas este ano.

Presidente do CRM-MT e um dos autores da recomendação técnica, Diogo Sampaio destaca que o crescimento no número de casos, que tem causado superlotação em muitas unidades de Saúde de Mato Grosso, deverá ser mais intenso nos próximos meses.

“As projeções indicam que ainda não estamos no pico de casos, previsto para ocorrer entre março e abril, coincidindo com o período de maior incidência de doenças respiratórias e isso vai pressionar ainda mais o sistema de saúde”.

Na avaliação do 1º vice-presidente do Conselho, Adriano Pinho, que também elaborou o plano, a criação dos centros de triagem já se mostrou muito eficiente quando o mundo viveu a pandemia da Covid-19.

“Estas unidades são destinadas a avaliar os pacientes, classificá-los de acordo com a gravidade de cada caso e dar o encaminhamento necessário, o que vai organizar o fluxo, reservando leitos de maior complexidade para os quadros graves”.

Médica infectologista e presidente da Sociedade Mato-Grossense de Infectologia, Mayane Fonseca, salienta que uma das principais vantagens do centro de triagem é conseguir fazer um direcionamento dos casos para a unidade adequada.

“Isso vai diminuir as superlotações nas unidades secundárias e nós conseguimos otimizar o atendimento e fazer com que muito mais pessoas sejam atendidas e manejadas da forma correta. Nós conseguimos fazer com que esse paciente tenha um cuidado mais integral, um acesso mais fácil à saúde e que ele seja visto, que ele seja examinado, que ele tenha seu diagnóstico e que ele tenha o seu manejo feito de forma adequada”.

O atual modelo, pondera a especialista que também elaborou a recomendação técnica, tem atrasado o atendimento aos pacientes, causado pela superlotação das unidades secundárias.

“Isso tem ocorrido mesmo quando o paciente passa pela classificação de risco e tenha uma prioridade no atendimento, porque são muitas pessoas buscando o atendimento. Um outro problema é que alguns, por conta da demora, acabam voltando para casa e retornando depois com um quadro muito mais grave”.

Estrutura

Na recomendação técnica, o CRM-MT detalhou a equipe mínima necessária para cada centro de triagem. Ele deverá contar com um diretor técnico médico, aos menos quatro médicos plantonistas, em regime de plantões, para cobertura 24 horas por dia; enfermeiros e técnicos de enfermagem; farmacêutico e auxiliar de farmácia; técnico de laboratório; e seguranças e atendentes.

Os centros deverão possuir recepção; consultório; salas de hidratação; farmácia; ambulância de suporte avançado; e unidade laboratorial. “Com esta estrutura, será possível desafogar as unidades de pronto-atendimento e garantir o melhor atendimento para estas doenças em que há o risco de óbito”, finalizou Sampaio.

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