O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, afirmou que é “preciso parar de tratar tudo como se fosse eleição”, ao comentar sobre a possibilidade de o auxílio emergencial ser utilizado para benefício político na corrida presidencial de 2022.
A fala do gestor, feita durante entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (16), foi complementada pelo apontamento de que as discussões referentes à disputa eleitoral devem ser tratadas no ano da eleição.
“Você não pode confundir uma situação emergencial como a que temos agora com um panorama social complicado como existe no Brasil. A verdade é que sem os recursos do auxílio emergencial muitas famílias teriam tido dificuldades”, disse o presidente.
Então, é claro que isso influencia no panorama político eleitoral, é claro que isso é importante para a recomposição de renda da sociedade, mas a gente tem que parar no Brasil de tratar tudo como se fosse eleição”, acrescentou.
Apesar de destacar a importância do auxílio emergencial para a população brasileira frente à pandemia, o presidente apontou que o Brasil precisa investir em desenvolvimento para que o “socorro temporário” não seja uma fonte de renda tão importante.
“Para gerar desenvolvimento, temos um grande dever de casa a fazer, que é tornar o Brasil amistoso a quem quer investir. Regras claras, segurança jurídica, uma carga tributária adequada, mão de obra capacitada, uma série de fatores que precisam encarados pela sociedade”, argumentou Gustavo de Oliveira.
“Senão, até lá, vamos ficar sempre tratando as coisas de forma casuísta, onde esse casuísmo tem um fundo eleitoral. Medidas estruturantes é que vão salvar esse país de ter medidas pontuais todo ano”, finalizou.