Após ação do Ministério Público de Mato Grosso, a empresa Rosa Orides Comini teve R$ 61,6 milhões bloqueados por inserir dados falsos nos sistemas de controle do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Informações do MPMT apontam que a empresa, que fica localizada na cidade de Juruena, fraudou os dados para movimentar créditos indevidos dentro do sistema de forma a possibilitar a extração de madeiras ilegais.
“O que ocorre, em casos tais, é apenas a transferência de créditos indevidos para a legalização de madeiras extraídas ilegalmente”, destacou a promotora de Justiça substituta Caroline de Assis e Silva Holmes Lins, em um trecho da ação.
Segundo o Ibama, o envio de créditos indevidos em rota inversa é uma das modalidades mais conhecidas de fraude ocorrida apenas no sistema. “Trata-se da emissão de créditos indevidos, desvinculados de sua origem para o acobertamento ou esquentamento de madeiras extraídas de outros locais em forma ilegal”.
Consta na ação que a empresa realizou uma série de movimentações fraudulentas com origem em Juruena e destino final em Rondônia.
Foram gerados créditos indevidos de 8.719,47 m³ em 2018 e 2019, em situação de rota inversa sem viabilidade econômica. O valor monetizado estimado do dano ambiental atingiria o montante de R$ 61.650.035,58.