THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
A Justiça de Mato Grosso converteu em preventiva a prisão em flagrante de Helder Lopes de Araújo, que matou a ex-namorada Vitória Camily Carvalho Silva, de 22 anos, na noite do último sábado (15), no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
A decisão foi dada pela juíza plantonista Cristiane Padim da Silva, durante audiência de custódia realizada na tarde de domingo (16).
Na decisão, a magistrada apontou que o crime foi planejado pelo acusado, revelando sua extrema periculosidade.
“A análise do caso evidencia que a conduta do custodiado foi planejada, e sua execução revelou extrema periculosidade, colocando em risco não apenas a integridade física da vítima, mas também a segurança da coletividade”, escreveu.
“Além disso, o custodiado demonstrou comportamento altamente reprovável ao invadir o local onde estava acontecendo o aniversário da irmã da vítima, evidenciando que sua liberdade representa um perigo real e contemporâneo à ordem social”, acrescentou.
Após o crime, o suspeito fugiu do local e foi capturado na madrugada de domingo em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), enquanto tentava escapar para o Mato Grosso do Sul com a ajuda do irmão.
Ao chegar na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, Helder afirmou à imprensa ter matado Vitória por acreditar que ela teria provocado um aborto.
No entanto, o delegado Nilson Farias, responsável pelo caso, desmentiu a alegação, explicando que a vítima sofreu um aborto espontâneo e que o casal permaneceu junto após o ocorrido.
Para a investigação, a motivação do feminicídio foi a inconformidade do acusado com o fim do relacionamento.
Vitória Camily deixa dois filhos, de 6 e 8 anos. O caso segue sob investigação da DHPP.