sábado, 18 de maio de 2024
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DEFESA DA CORPORAÇÃO

Comandante da PM diz que operação tenta “transformar policiais em bandidos”

Ação da Polícia Civil e MPE cumpre 81 mandados de prisão temporária contra policiais militares

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, saiu em defesa da corporação e dos policiais militares alvos da “Operação Simulacrum”.

Deflagrada na manhã desta quinta-feira (31), a ação cumpriu 81 mandados de prisão temporária contra policiais militares e 34 mandados de busca e apreensão.

Segundo as investigações, o grupo de militares teria atuado na morte de 24 pessoas, em Cuiabá e Várzea Grande, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro pessoas.

“O que estão fazendo com os nossos policiais é um absurdo. Eles estão sendo acusados de execuções, quando atuavam em defesa da sociedade e da própria vida”, afirmou o comandante.

Na avaliação de Assis, os fatos apontados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado são tirados de um contexto e desvirtuam a realidade do que aconteceu.

Ele citou, por exemplo, que os 24 casos de homicídios, que culminaram com a operação, foram registrados em boletins de ocorrência e em eventos totalmente distintos.

Esses crimes, conforme o comandante, já eram objetos de apuração em Inquéritos Policiais Militares sob o controle do Poder Judiciário e Ministério Público.

“Os nossos policiais e oficiais estavam no combate, em defesa da sociedade. Agora, quem protegeu, resguardou o cidadão de bem, é taxado como bandido. Isso é uma inversão de valores que não vamos permitir que aconteça”, ressaltou.

“Cada caso deve ser investigado em separado. Agora juntaram todo mundo, como se fosse uma grande quadrilha. São homens que colocam todos os dias a própria vida para defender a sociedade. Que estão frente a frente com bandido. Agora estão todos com o nome e sobrenome expostos na imprensa e o bandido que mata, estupra e rouba não pode divulgar o nome, o rosto, a profissão, porque a lei protege”, emendou.

O comandante ainda destacou que os policiais acusados atuam nas unidades especializadas da corporação.

Segundo ele, ações como as realizadas nesta manhã apenas fortalecem a criminalidade.

“Quem vai querer ser um policial militar de ponta? Quem vai querer ir para a rua proteger a sociedade de uma ameaça real? Quem irá para um confronto ou entrar na mata para capturar criminosos, se não tem a certeza que o sistema está ao lado dele? Quem terá a coragem de proteger o cidadão quando este estiver ameaçado por um bandido armado?”, questionou.

Assis ainda ponderou que essa operação, da forma como foi feita,tenta confundir a opinião pública, “pois transforma policiais em bandidos”.

“Não defendemos ilegalidade, não defendemos nada que vá contra as leis e nossos regimentos. Mas, não podemos permitir que a imagem dos nossos homens seja jogada na lama. Eles estavam no exercício da função”, disse.

“Policial nenhum sai de casa para matar ninguém. Nem entra na viatura e diz hoje vou matar um bandido porque vai passar boa parte de sua carreira respondendo na justiça. Força letal só é usada para defender o cidadão ou a própria vida”, concluiu.

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