Presidente do PSDB em Mato Grosso, o deputado estadual Carlos Avallone afirmou que a alta rejeição do eleitorado a uma possível candidatura do governador de São Paulo, João Dória, à presidência se deve aos embates travados entre o líder paulista e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Contudo, no Jornal da CBN Cuiabá, nesta sexta-feira (24), Avallone ponderou que Dória “ganhou pontos” no cenário político por conta das vacinas contra a Covid-19 produzidas no estado. O deputado destacou que os imunizantes foram responsáveis pela vacinação da maior parte da população brasileira.
As ponderações da liderança estadual foram dadas às vésperas da vinda do governador a Mato Grosso, que cumprirá agenda em Cuiabá a partir do final da tarde desta sexta-feira. A vinda de Dória ao estado mostra a mobilização do PSDB em torno de um nome para superar a polarização entre Bolsonaro e o Partido dos Trabalhadores.
“A gente vê que todo mundo que está radicalizando nos confrontos têm mais dificuldade. Como o governador Dória faz um enfrentamento a ele [Bolsonaro] realmente deve estar tendo essa dificuldade. Mas, com as vacinas do Butantan, que 80% das vacinas do Brasil foram do Butantan, isso também deu uma visibilidade muito grande”, disse Avallone.
“Tem um lado mais negativo e tem também um lado um pouco mais positivo. Mas, isso só vai se consolidar depois das prévias, que acontecerá no dia 21 de novembro”, acrescentou. As prévias do partido selarão qual será o representante do PSDB na disputa, uma vez que além de Dória há outros três nomes que disputam internamente.
Ainda durante a entrevista, o deputado afirmou que a luta do partido segue sendo um enfrentamento direto ao PT, devido à oposição histórica entre as duas legendas.
“Mas é sempre bom lembrar que o grande enfrentamento do PSDB foi ao PT. E, de um tempo para cá, esse enfrentamento foi dominado pelo Bolsonaro. Como ele não tem partido, não tem como você se referir ao partido do Bolsonaro. Ele é o próprio partido, é a própria instituição”, acrescentou.