O Ministério Público Federal de Mato Grosso entrou na Justiça contra o frigorífico Alvorada, com sede em Alta Floresta, que seria responsável por comercialização carne ilegal. Ao pleitear a ação, o órgão regulador requereu que a empresa pague indenização no valor de R$ 312 milhões.
Conforme informações divulgadas pelo Ministério Público, parte da carne comercializada pelo frigorífico era originária de fazendas embargadas, que atuavam sem autorização ambiental contribuindo para o desmatamento da Floresta Amazônica.
Segundo dados levantados ao longo da investigação do MP, entre 1º de janeiro de 2017 e 9 de novembro de 2018, o frigorífico teria comercializado cerca de 31 mil cabeças de gado, o que totalizaria aproximadamente 6,3 mil toneladas de carne. Assim, com base nos valores, o órgão calculou o valor da indenização.
“A pecuária extensiva é responsável pela maior parte do desmatamento consolidado na Amazônia. Portanto, qualquer comercialização de produto bovino originado na Amazônia deve se pautar por rigorosas diligências”, afirmou o procurador Erich Masson.
Na ação, além da condenação do frigorífico para o pagamento de indenização pelo dano moral ambiental e social coletivo gerado, o MPF também pede a condenação do frigorífico proibindo o abate e a comercialização de produtos bovinos oriundos de fazendas embargadas.