A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a Operação Testa de Ferro contra um grupo criminoso acusado de crimes ambientais.
De acordo com a PF, os crimes eram praticados através de uma madeireira colocada em nome de “laranjas”, que protegiam os reais proprietários do empreendimento criminoso.
Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Juína, Espigão do Oeste (RO) e Vilhena (RO).
Em Cuiabá, especificamente, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos cartórios Xavier de Matos, localizado no Coxipó da Ponte, e no 6º Ofício, no bairro Jardim Kennedy.
Segundo a PF, os cartórios são suspeitos de terem auxiliado na prática das fraudes.
Os mandados foram expedidos pela Vara Única de Aripuanã.
As investigações apontaram que a madeireira foi colocada em nome de interpostas pessoas, bem como de pessoa aparentemente inexistente, mediante a falsificação de assinaturas.
Contas bancárias de “laranjas” também eram utilizadas para movimentar valores ligados à madeireira.
Através de representação da Polícia Federal foi determinado judicialmente a suspensão cautelar das atividades da madeireira, bem como o sequestro de todos os bens ligados a ela.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, lavagem de capitais e falsificação de documento público.
O nome da operação faz referência às interpostas pessoas utilizadas pelos reais proprietários da madeireira para se blindarem de responsabilizações criminais e administrativas pelos crimes ambientais praticados.
Outro lado
O cartório do 6º ofício emitiu negou envolvimento no esquema. Leia:
Sobre notícias veiculadas na data de hoje de que o cartório do 6º ofício estaria sendo investigado por “auxiliar esquema” referente a fraudes ambientais, afirmamos tratar-se de informação absurda.
A polícia federal investiga fraudes ambientais, onde pessoas falsificavam assinaturas para promover atos formais, como aquisições de empresas, entre outros, necessários às fraudes.
Por isso, buscaram no 6º serviço notarial um cartão de firma (assinatura), aberto por ato voluntário de uma pessoa, datado do ano de 2002, portanto, de mais de 20 anos atrás.
Sendo assim, o cartório do 6º ofício foi local de diligência, onde foram apresentados os documentos solicitados, para auxiliar nas investigações.
Registra-se que o 6º serviço notarial não é investigado no caso. Em verdade, comprovando-se falsidades, este cartório é vítima, pois também pode ter sido ludibriado por falsários.
O 6º serviço notarial tem a mesma administração ha mais de 50 anos, NUNCA tendo contra si qualquer suspeita, investigação ou fato concreto desabonador, razão pela qual qualquer insinuação em sentido diverso merecerá as consequências legais.
Joani Maria de Assis Asckar
Tabeliã do 6º Serviço Notarial