THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) suspendeu o registro profissional de Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, preso por envolvimento em dois homicídios e duas tentativas de homicídio em Peixoto de Azevedo, no mês passado.
Em nota, a entidade afirmou que os conselheiros “entenderem que o seu envolvimento nos crimes que ocorreram em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art.. 30 do Código de Processo Ético-Profissional”.
Em outro ponto, o CRM argumentou que foi analisado até a omissão em relação a toda situação do caso.
“A análise do caso considerou tanto a ação de Bruno, apontado pelo Ministério Público como um dos autores dos crimes, quanto sua omissão ao não prestar socorro às vítimas. A suspensão do exercício profissional passa a valer imediatamente após o Conselho Federal de Medicina referendar a decisão do CRM-MT”.
Bruno se formou pelo Centro Universitário Uninorte, em Rio Branco (AC), em 2020. Ele atuava em Mato Grosso e também no Estado de São Paulo.
O crime
Além de Bruno estão presos pelo crime a mãe dele, a pecuarista Inês Gemilaki, e Eder Gonçalves Rodrigues, irmão do padrasto do médico.
O ataque ocorreu na tarde do dia 21 de abril. Toda ação foi filmada por câmeras de segurança e ganhou repercussão nacional.
Foram mortos os idosos Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57. O padre José Roberto Domingos e o dono da casa, Enerci Afonso Lavall, principal alvo dos acusados, ficaram feridos.
A motivação, segundo a Polícia, foi um desacordo referente a um contrato de locação. Inês morou no imóvel da vítima, que ajuizou uma ação de cobrança contra ela.