O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) afirmou ser contra a volta às aulas em Mato Grosso, independente de ser em escolas privadas ou públicas.
Os parlamentares, o governo do Estado e a classe política em geral vem sendo pressionada – especialmente pelas instituições privadas – para liberar o retorno das atividades escolares.
Um dos argumentos é o de que as escolas que tenham condições sanitárias e de biossegurança possam voltar as aulas presenciais, deixando o retorno nas instituições públicas para mais adiante.
A volta às aulas já foi liberada, por exemplo, em sistema híbrido nas instituições particulares de Cuiabá. Um decreto neste sentido foi baixado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), na última sexta (9).
Na avaliação de Botelho, situações como está podem criar “castas de alunos” em Mato Grosso.
“Esse é um assunto muito polêmico. Parte quer voltar, parte não. Eu só fiz um questionamento: poderemos estar criando duas castas de alunos. Uns que são mais privilegiados e podem voltar às aulas e os que não podem”, disse.
“Eu entendo que deveria ter vacinação de todos para que voltem todos. Se não, vamos ter uma diferenciação. Meu filho estuda em particular e volta. Os demais estudam na pública não voltam. Vamos ter dois níveis de estudantes em Mato Grosso”, emendou.
Nesta semana, a Assembleia aprovou – em primeira votação – o projeto que torna essencial as atividades escolares.
Ao todo, 18 deputados votaram favoráveis ao texto. Além de Botelho, se posicionaram contra: Lúdio Cabral (PT), Allan Kardec (PDT), Valmir Moretto (PRB), Dr. Eugênio (PSB) e Dr. Gimenez (PV).
O deputado Thiago Silva (MDB) pediu vistas em segunda votação. O texto será analisado na próxima sessão.
