sábado, 27 de julho de 2024
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Operação é deflagrada para investigar crimes liderados por detento da PCE

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou a operação “Parasita” na manhã desta sexta-feira (05) para investigar crimes da facção criminosa Comando Vermelho. A ação apontou que um dos líderes do esquema está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Ao todo, 21 ordens judiciais de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão para quatro estados foram expedidos. Além de Mato Grosso, a ação também é executada em Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco.

Além destas medidas, a Justiça determinou ainda o bloqueio de até R$ 12 milhões nas contas dos investigados, sequestro de diversos imóveis, valores em espécie e veículos pertencentes aos criminosos.

No decorrer das investigações, ficou demonstrado que os alvos atuavam no tráfico de drogas em diversos municípios de Mato Grosso, dentre eles Barra do Bugres, Alto Paraguai, Jaciara, Nova Olímpia, Feliz Natal e Nova Mutum.

Nestas cidades, qualquer traficante que pretendesse comercializar entorpecentes deveria ser previamente autorizado pelos líderes, sendo obrigado a adquirir a droga diretamente do grupo.

O grupo foi responsável pela carga de cerca de 500kg de maconha apreendida em julho de 2019, em Rondonópolis. Na oportunidade, apenas duas adolescentes haviam sido apreendidas quando mantinham a droga em depósito a mando dos líderes da organização investigada.

Entenda a logística
As investigações apontaram ainda que a organização criminosa funcionava como uma espécie de franquia do crime, com conexões e relações comerciais com outras organizações criminosas, dentro e fora de Mato Grosso. O grupo organizava a logística de fornecimento de entorpecentes a integrantes de outras organizações atuantes na região Nordeste do Brasil.

Os integrantes pagavam taxas mensais e eram obrigados a repassar boa parte dos lucros das atividades aos líderes. A organização criminosa investigada possuía setores operacional, contábil e financeiro.

Os principais membros, que já se encontravam presos, contavam com a ajuda de outros em liberdade para executarem suas ordens, recolhimento de dinheiro, distribuição de drogas e fiscalização das movimentações financeiras.

Por meio de autorização judicial, foram constatadas volumosas movimentações em dinheiro em nome de vários investigados. O somatório dos valores que circulou nas contas no período de 2018 a 2020 superou R$18 milhões.

Nenhum dos investigados possui rendimentos lícitos conhecidos que possam justificar os altos valores movimentados, sendo que alguns deles, inclusive, recebiam benefício assistencial do governo.

Nome da operação
A operação foi batizada de “Parasita” em razão das características da organização criminosa e seu principal líder, que, claramente, se utilizava dos demais integrantes e até mesmo da estrutura de outra organização criminosa local em suas empreitadas criminosas, sempre visando aferir lucros, isoladamente.

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