O secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, afirmou neta segunda-feira (6) que a proposta do deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB), o Emanuelzinho, de empréstimo de água da Capital para Várzea Grande se “confunde com oportunismo”.
Para o gestor, ainda que a proposta seja bem intencionada, não há viabilidade na execução do projeto. Ao Jornal da CBN Cuiabá, o secretário destacou ainda que Várzea Grande tem investido cerca de R$ 100 milhões para resolver o problema com água no município.
Conforme Botelho, a proposta de empréstimo de água de Cuiabá dispenderia um custo de R$ 6 milhões para Várzea Grande ao mesmo tempo em que a execução do projeto só se concretizaria em 120 dias – prazo em que já estaria inaugurada a ETA Cristo Rei, anunciada como uma das soluções para desafogar a alta demanda da cidade.
“Para se ter uma ideia da inviabilidade deste projeto, que já nasceu morto. Teríamos que sair com uma adutora aqui do Porto, atravessar a Avenida da Feb – e está aí um problema, por causa da obra do VLT”, disse.
“Teríamos que fazer um investimento de R$ 6 milhões para buscar água em Cuiabá, sendo que estes R$ 6 milhões temos que investir é no nosso sistema. Não podemos gastar dinheiro para comprar água, temos que produzir água”, acrescentou.
O secretário afirmou ainda que a possibilidade deste tipo de tratativa já havia sido avaliada no início do ano, mas não avançou por conta da inviabilidade da proposta. Segundo Botelho, este panorama foi apresentado ao deputado pelo prefeito Kalil Baracat (MDB) em reunião com Emanuelzinho na última sexta-feira (3).
“Essa solução se confunde com oportunismo. Não quero dizer que o deputado federal está sendo oportunista, não é isso. Ele precisa saber dos dados técnicos, da viabilidade econômica, da possibilidade”, finalizou.