A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro gerou uma onda de solidariedade de diversos políticos de Mato Grosso, um gesto que, segundo o ex-governador Blairo Maggi, é mais um cálculo político do que uma verdadeira demonstração de apoio. Maggi acredita que os líderes do Estado estão agindo dessa forma por temerem perder votos nas próximas eleições de 2026, especialmente diante da força do eleitorado bolsonarista em Mato Grosso.
Em um comentário sobre a situação, Maggi afirmou que a maioria dos políticos mato-grossenses, independentemente da sigla, evita se posicionar contra o ex-presidente devido ao poder do bolsonarismo na região. Segundo ele, a solidariedade demonstrada por esses líderes é uma estratégia para garantir a manutenção do apoio dos eleitores que seguem Bolsonaro, e não um gesto genuíno de apoio pessoal ao ex-presidente.
“Com a prisão do Jair, todos os políticos aqui em Mato Grosso, com exceção dos petistas, ficaram solidários com ele. O que é isso? Na verdade, não é solidariedade com o Bolsonaro, mas sim uma solidariedade estratégica, uma ação política para não perder votos. Isso é o que está em jogo”, afirmou Maggi.
Jair Bolsonaro foi preso no contexto de investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em um episódio que marcou a tentativa de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022. A prisão de Bolsonaro ocorreu após a investigação indicar sua possível participação na articulação desses eventos.
O ex-presidente foi detido por suspeita de incitação à violência, e por sua alegada participação em uma série de ações que teriam contribuído para a organização e execução do ataque às instituições democráticas. A prisão de Bolsonaro gerou grande repercussão no Brasil e no exterior, com muitos de seus aliados políticos, especialmente do campo bolsonarista, manifestando-se publicamente contra a medida.
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