terça-feira, 15 de julho de 2025
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OPINIÃO

Ponto de partida, e ponto de chegada…

No campo, a tecnologia e a inovação rompem barreiras todos os dias

Mais um ano agrícola começou, junto com ele é claro, vários desafios. Alguns velhos conhecidos, como o clima e o mercado, e outros nem tão íntimos do nosso dia a dia agro como as agendas ESG e a insegurança jurídica enfrentada atualmente pelo país.

A safra 23/24 nos surpreendeu com a desestabilidade climática o que fez com que vários produtores tivessem severas alterações de estratégia que certamente irão impactar no próximo ano. Mesmo assim, o otimismo do agricultor é sua principal arma e a expectativa de um ano de preços melhores e estabilização de custos faz o setor continuar confiante!

Produzir alimentos é a nossa base de operação, ainda a pouco tempo atrás o processo produtivo ocupava a maior parte do tempo e preocupações dos CEO’s do agronegócio. Hoje podemos dizer que existem muitas outras áreas que demandam os olhares destes líderes. As diretrizes socioambientais, tendências de mercado, os ecossistemas de inovação e muitas outras frentes que levam a empresa a trabalhar cada vez mais atualizada e focada no mercado consumidor.

Estamos em uma era de grandes revoluções tecnológicas, políticas e geracionais. As empresas, incluindo o setor agropecuário enfrentam a necessidade de se adaptar constantemente em um ambiente de mudanças drásticas. E a palavra sustentabilidade cada vez mais assume o protagonismo nos temas do agro.

No campo, a tecnologia e a inovação rompem barreiras todos os dias, a expansão do uso de biológicos, o uso de todo tipo de sensores e a evolução da produtividade são agora uma realidade. Na força de trabalho, a preocupação com saúde mental, valorização dos colaboradores e treinamentos tem feito a diferença na vida e no desenvolvimento das pessoas. E na esfera da governança, políticas bem definidas de administração do negócio transformam fazendas em verdadeiras empresas agrícolas, que são modelos de gestão sustentável.

Enquanto o Brasil lidera pautas como a da energia renovável, a maioria dos projetos na União Europeia não sai do papel, enquanto fazemos na prática uma agricultura moderna, conservacionista e regenerativa, o restante do mundo ainda está preocupado em legislar políticas protecionistas.

A agricultura brasileira gasta energia avançando em sustentabilidade dentro e fora das porteiras. O nosso ponto de partida pode ter sido sugestionado pelas políticas globais. Entretanto, a nossa atitude está diretamente ligada à vontade genuína de fazer um agronegócio que produz e preserva.

Com tantas surpresas, evoluções e aprendizados, podemos concluir que esta jornada está apenas começando e que certamente, ao cruzar a linha de chegada, teremos um novo ponto de partida!

Vanessa Chiamulera é especialista em gestão do agro. Este material integra a plataforma Agro+ligas. 

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