sábado, 15 de fevereiro de 2025
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ATENDIMENTO NAS UBSs

Em nota, CRM-MT diz que Abilio tenta “criminalizar médicos”

Entidade afirmou que as UBSs não têm estrutura para atender pacientes de classificação verde

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) criticou, em uma nota divulgada nesta quinta-feira (23), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), e o acusou de tentar “criminalizar os médicos”

A nota é uma resposta ao vídeo publicado por Abilio nas redes sociais em que ele afirma que trocará equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que se recusem a atender pacientes de classificação verde.

No vídeo, o prefeito disse que a Policlínica do Pedra 90 estaria lotada de pacientes da classificação considerada mais leve, enquanto o posto de saúde do bairro, localizado ao lado, estaria praticamente vazio.

Na nota, o CRM rebateu as cobranças de Abilio e afirmou que as UBSs não têm estrutura para atender pacientes de classificação verde.

Segundo a entidade, nessas unidades só são realizados atendimentos com consulta previamente marcadas, e não casos de urgência ou emergência.

No documento, o CRM cita que há grandes diferenças entre Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas.

E que as UBSs não foram feitas para o atendimento de urgências e emergências, já que elas não têm nenhuma estrutura para isso.

Em um trecho do documento, o CRM cita: “Usando como exemplo a iniciativa privada, elas funcionam como o consultório do médico, enquanto as UPAs são os Pronto-Atendimentos dos hospitais. Quando alguém tem dor, febre, vômitos e outros sintomas, esta pessoa não liga para marcar uma consulta, ela vai ao Pronto-Atendimento”.

O conselho ainda classificou como “irresponsável” a cobrança de Abilio sobre a quantidade de atendimentos diários realizados e afirmou que há subnotificação por conta do sistema da Prefeitura.

No vídeo, o prefeito diz que são realizados somente 10 atendimentos por dia.

Segundo o CRM, ao criminalizar e, inclusive, ameaçar os profissionais de saúde de demissão, o prefeito tenta imputar a estas pessoas a situação caótica do sistema como um todo e tenta criar uma cortina de fumaça, vendendo a ilusão de que um problema tão complexo possui uma solução simples.

O CRM diz que o comportamento do prefeito contribui para o aumento no número de casos de violência contra médicos, verificado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Por fim, o conselho afirmou que, caso haja episódios de violência física ou verbal contra algum médico após a publicação de Abilio, irá responsabilizá-lo pelo ocorrido.

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