THAIZA ASSUNÇÃO E CAMILA RIBEIRO – DA REDAÇÃO
Um dia após a divulgação da primeira pesquisa Quaest do segundo turno na Capital de Mato Grosso, o Jornal da Rádio CBN Cuiabá fez uma entrevista exclusiva com o presidente do instituto, Felipe Nunes, que detalhou os dados contidos no levantamento.
A pesquisa mostrou um empate técnico entre os candidatos Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT), considerando a margem de erro que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Abílio aparece com 44% das intenções votos e Lúdio com 41%, na modalidade estimulada.
Para Nunes, a eleição em Cuiabá será decidida nos detalhes.
“É impressionante como a cidade de Cuiabá realmente está reproduzindo a polarização nacional que a gente viu em 2022. Abílio e Lúdio estão tecnicamente empatados na margem de erro, projetando uma eleição bastante competitiva”, afirmou.
Conforme o presidente, a Abílio tem uma intenção de voto maior entre homens, jovens, pessoas de classe média e alta e evangélicos. Já Lúdio é mais votado entre mulheres, adultos e pessoas de baixa renda.
“Ou seja, a polarização nacional chegou de uma maneira muito clara em Cuiabá. O que vai definir a eleição, portanto, são os detalhes. É a maneira como cada candidato vai se portar nessa reta final, é a maneira como os apoios, as lideranças políticas vão fazer a diferença”, declarou.
Outro ponto que na visão de Nunes pode impactar na escolha do eleitor, seria uma manifestação de voto do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), que ficou em terceiro lugar na disputa. Botelho, porém, já declarou que ficará neutro no segundo turno.
“Neste momento, o que a Quaest mostra é: 52% dos eleitores do Botelho estão optando para o Lúdio, enquanto 33% optam para o Abílio, ou seja, hoje a maior parte do eleitor do Botelho vai para o Lúdio”, disse.
“Na política, qualquer ação tem consequência. Neste caso, a não ação do Botelho tem consequência também porque querendo ou não, quando o Botelho se abstém de declarar apoio, e é óbvio que ele tem os motivos dele, faz com que o eleitor tome, portanto, a decisão que quiser”, acrescentou.
Mais um ponto que pode modificar o cenário, conforme o presidente, é fazer com que o eleitor vá as urnas votar. Cuiabá teve 22.95% de abstenção
“Mesmo o voto no Brasil sendo obrigatório, há um crescente número de brasileiros que escolhe não votar porque não encontra nos candidatos uma opção real, concreta, com propostas que o interesse”, disse.
“Com um cenário tão apertado, fazer o eleitor ir votar será uma estratégia também fundamental para modificar o cenário político”, pontuou.
Assista a entrevista completa: