sábado, 27 de julho de 2024
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OPERAÇÃO DIAPHTHORA

Após delegado, TJ também manda soltar investigador suspeito de cobrar propina

A decisão é desta quinta-feira (16) e foi assinada pelo desembargador Lídio Modesto, da Quarta Câmara Criminal

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou a soltura do investigador de Polícia Civil Paulo Marcos Angeli, alvo da Operação Diaphthora, acusado de participar de um esquema de cobrança de propina na Delegacia de Peixoto de Azevedo.

A decisão é desta quinta-feira (16) e foi assinada pelo desembargador Lídio Modesto, da Quarta Câmara Criminal.

Modesto acolheu um pedido da defesa do investigador para estender os efeitos da decisão que concedeu liberdade ao delegado Geordan Fontenelle, solto nesta quarta-feira (15) por decisão unânime da Quarta Câmara.

Na decisão, o desembargador citou que a prisão preventiva de Geordan e Angeli se deu com os mesmos fatos e fundamentos, com apenas as diferenças de um ser delegado e outro policial civil, e destacou que  os crimes imputados ao delegado são mais amplos.

Geordan foi apontado como o mentor e articulador do esquema e Marcos Paulo seria seu “braço direito”.

“Ante o exposto, considerando que o requerente Marcos Paulo Angeli está na mesma situação fático-processual do paciente Geordan Antunes Fontenelle Rodrigues, e, inexistindo qualquer vetor de individualização que justifique a recusa de aplicação da regra de isonomia processual, a teor do disposto no artigo 580, do Código de Processo Penal, defiro a extensão dos efeitos da decisão de mérito concedida neste habeas corpus, para conceder liberdade provisória ao paciente vinculada à aplicação de medidas cautelares”, decidiu Modesto.

Assim como o delegado, o investigador terá que cumprir medidas cautelares, entre elas, uso de tornozeleira eletrônica,  suspensão da posse e porte de arma de fogo e do passaporte.

Ele ainda está proibido de comparecer à Delegacia de Peixoto de Azevedo, Matupá e de outras da região norte do Estado, assim como em manter contato com seus servidores policiais e outros que ali trabalhem.

A Operação 

De acordo com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil, foi identificado que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos.

Além disso, os dois exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial.

Conforme a investigação, o esquema ainda contava com participação de advogados e garimpeiros da região.

 

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