THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou a pecuarista Inês Gemilaki, o filho dela, Bruno Gemilaki Dal Poz, e o cunhado Eder Gonçalves Rodrigues pelo ataque que terminou terminou com dois mortos, em Peixoto de Azevedo.
O MPE decidiu, porém, não denunciar Márcio Ferreira Gonçalves, marido de Inês, que auxiliou na fuga.
De acordo com o promotor de Justiça, Álvaro Padilha de Oliveira, que assina a denúncia, as investigações apontam que ele não participou das execuções. E o fato dele ter auxiliado na fuga foi excluído por ser parente dos autores do crime. O promotor pediu que ele seja solto.
“Em relação ao indiciado Márcio Ferreira Gonçalves, o Ministério Público deixa de oferecer denúncia contra ele pela prática do homicídio qualificado e tentado, uma vez que, conforme
demonstrado nos autos, não estava presente no momento da execução; no entanto, prestou apoio aos denunciados após os delitos praticados, o que possibilitaria enquadrar a conduta do investigado no delito descrito no artigo 348 do Código Penal”, escreveu.
“Todavia, verifica-se a exclusão de pena em relação ao delito, uma vez que o indiciado é parente, sendo ascendente por afinidade do denunciado Bruno Gemilaki, cônjuge da denunciada Inês Gemilaki, além de ser irmão do denunciado Edson Gonçalves Rodrigues. Portanto, exclui-se a possibilidade de imputar ao indiciado a referida prática delitiva”, acrescentou.
Inês, o filho e o cunhado vão responder por dois homicídios qualificados, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas, e duas tentativas de homicídio qualificado.
Na denúncia, o promotor pediu a manutenção das prisões de Inês, o filho e o cunhado e ainda que eles sejam condenados ao pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões para familiares das vítimas e os sobreviventes do ataque.
O ataque ocorreu na tarde do dia 21 de abril. Toda ação foi filmada por câmeras de segurança e ganhou repercussão nacional.
Foram mortos os idosos Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57.
Ficaram feridos contra o padre José Roberto Domingos, que levou um tiro na mão, e Enerci Afonso Lavall, alvo principal da família.