sábado, 27 de julho de 2024
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PRISÃO PERPÉTUA/PENA DE MORTE

Delegado que prendeu assassino de Sorriso vê oportunismo em debate: “Se aproveitam do ódio coletivo”

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O delegado Bruno França, responsável pela investigação do assassinato de uma mulher e as três filhas em Sorriso (a 415 km de Cuiabá), classificou como “oportunismo” a defesa de políticos em torno da prisão perpétua e da pena de morte após o crime.

Conforme o delegado, é impossível debater esse assunto porque são cláusulas pétrea da  Constituição, ou seja, não podem ser alteradas.

“Sinceramente, isso aí é oportunismo. As pessoas se aproveitam de uma situação que causa comoção, do ódio coletivo para ganhar empatia, para se promoverem”, disse o delegado em entrevista ao Jornal da Rádio CBN Cuiabá na manhã desta sexta-feira (1). Veja a íntegra AQUI.

“Eu não entro em debate que fala sobre prisão perpétua e pena de morte porque isso é cláusula pétrea da Constituição. Por que eu vou discutir uma mudança que é impossível de acontecer? É uma perda de tempo e nós não temos esse tempo para perder”, acrescentou.

Para o delegado, a solução está em mudanças na liberdade provisória e progressão de regime.

“O que eu acredito que tinha que melhorar é questão de liberdade provisória e progressão de regime. Essa questão de liberdade provisória é absurda, porque a liberdade do criminoso vira caso um direito sagrado, e uma hora a conta chega. Chegou para essa família. Esse cara foi preso por latrocínio e ficou quatro meses preso”, disse.

“Outra situação impensável é a questão de progressão de regime. O cara pega 20 anos de cadeia, mas fica preso apenas cinco anos. Por que, então, pegou 20 anos?”, questionou.

Dessa forma, para o delegado, não adianta sequer aumentar as penas dos crimes.

“O que precisava era o cara cumprir a pena dele preso. E isso dá para mudar na legislação. Isso não é cláusula pétrea. Isso aí é muito simples”, finalizou.

O crime 

Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e as filhas, Miliane Calvi Cardoso, de 19, Manuela Calvi Cardoso, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de 10, foram mortas na última sexta-feira (24) por Gilberto Rodrigues dos Anjos.

O assassino ainda estuprou a mãe e as duas filhas mais velhas quando elas ainda se contorciam.

Gilberto trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas e invadiu a residência na noite de sexta quando elas estavam sozinhas em casa.

O marido de Cleci e pai das meninas é caminhoneiro e estava no Paraná a trabalho.

Os corpos das vítimas foram localizados na manhã de segunda-feira (27)  após vizinhos notarem a ausência da família desde o final de semana.

Gilberto trabalhava normalmente quando a polícia conseguiu identificá-lo como autor do crime.

 

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