O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, afirmou que os empresários responsáveis por bancar os bloqueios que ocorrem em rodovias de Mato Grosso agem como “organizações criminosas”.
Mato Grosso enfrentou, nos últimos dias, uma escalada de crimes em rodovias federais e que, supostamente, guardam relação com as manifestações bolsonaristas que ocorrem no Estado.
Os atos criminosos incluem ataques a caminhoneiros, veículos incendiados e atentado contra a base da concessionária Rota do Oeste, em Lucas do Rio Verde.
Os atos se intensificaram após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio das contas bancárias de 40 pessoas físicas e empresas de Mato Grosso, suspeitas de financiar os protestos.
“Decisão judicial a gente não comenta, a gente cumpre. Se o ministro fez essa decisão, foi justamente porque entendeu, com o que foi lhe trazido pela Polícia Federal, que era o caso”, disse o chefe do MPE.
“Naturalmente, quando você fala de crime organizado você persegue o dinheiro para quebrar a estrutura. Então, a decisão tem que ser cumprida”, emendou Borges.
As declarações foram dadas em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, na manhã desta terça-feira (22).
Na ocasião, o procurador voltou a classificar os atos como criminosos, sobretudo, as pautas que vem sendo defendidas.
“Se [determinada ação] tem o objetivo de cometer um crime – no caso, o pior crime que pode existir em um país, que é quebrar o regime democrático – tem uma organização criminosa por trás”.
“Provavelmente, outras prisões estão vindo por aí para combater essa organização criminosa, antidemocrática, que não está só indo para a frente dos quartéis e pedindo golpe. É pior que isso, estão tentando fazer um colapso de abastecimento e da movimentação econômica e das pessoas”, acrescentou o procurador.
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