quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
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“Saiu para não ter nome vinculado a escândalos”, diz vereador sobre saída de Ozenira

O parlamentar, que faz oposição à gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), disse que Ozenira teria percebido que “estava em uma bomba”

O vereador por Cuiabá Diego Guimarães (Cidadania) afirmou acreditar que a saída da agora ex-secretária Ozenira Félix da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá foi motivada pelo fato de a ex-gestora não querer “ter o nome vinculado a escândalos” da pasta.

O parlamentar, que faz oposição à gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), disse em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (17), que Ozenira teria percebido que “estava em uma bomba” durante o período em que esteve na secretaria.

“A Ozenira é técnica, é concursada do governo do Estado de Mato Grosso. Ela já estava na gestão Emanuel Pinheiro, mas estava na área de gestão. E quando ela assumiu a Secretaria de Saúde, pelas conversas que eu tive com pessoas próximas dela, eu percebi que ela percebeu a bomba em que ela estava”, disse o vereador.

“E também porque ela não conseguia gerir. O prefeito não dava autonomia, tinha muita gente querendo mandar muito mais do que ela. Então, acredito eu que antes de ela ter seu nome vinculado a qualquer tipo de escândalo, penso eu, ela já vinha manifestando desejo de deixar a Secretaria de Saúde”, acrescentou.

Durante a entrevista, o parlamentar também demonstrou preocupação com o novo secretário nomeado pelo prefeito para comandar a Saúde de Cuiabá, o administrador Célio Rodrigues.

Segundo Diego Guimarães, a preocupação se deve ao fato de o novo secretário chefiar em paralelo a Empresa Cuiabana de Saúde de Pública, que comanda o Hospital São Benedito.

A Empresa, conforme explicou o vereador, tem em seu ordenamento objetivos próprios e é alimentada com repasses feitos pela SMS. Neste sentido, para o vereador, poderia haver “embaraços” na chefia dupla feita por Célio.

Para basear seu apontamento, o vereador citou ainda o caso do ex-secretário de Saúde da Capital, Huark Douglas, que foi preso por comandar esquemas ilícitos no período em que estava à frente da SMS e também da Empresa Cuiabana de Saúde Pública.

“A Empresa Cuiabana tem vida própria e o dinheiro que é repassado para ela é feito pelo secretário de Saúde. Lembrando que o senhor Huark Douglas, que foi secretário e teve sua prisão decretada, aconteceu juntamente por ele misturar a função de secretário com a de gestor da Empresa Cuiabana, inclusive com as empresas que eram contratadas”, disse.

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