O Ministério da Saúde sinalizou que poderá requisitar o montante de 1,2 milhão de doses da vacina russa Sputinik negociado pelo governo do Estado. No último mês, o governador Mauro Mendes (DEM) assinou um contrato que prevê a compra dos imunizantes.
Ocorre que ainda não há uma liberação por parte da Anvisa para o uso emergencial da vacina no Brasil.
Desde então, Mendes e outros governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País tentam obter o aval da agência reguladora.
Em reunião na tarde desta terça-feira (20.04), por videoconferência, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, demonstrou intenção de requisitar as doses, pagar por esses imunizantes e incluí-los ao Plano Nacional de Imunização (PNI).
Durante o encontro virtual, o governador Mauro Mendes defendeu que as doses sejam pagas pelo estado e aplicadas exclusivamente em Mato Grosso.
“Eu tenho defendido que o Estado de Mato Grosso prefere, em primeiro lugar, pagar pelas vacinas para que nós fiquemos com elas aqui no estado”, afirmou.
Mauro relatou que, caso não seja possível essa primeira alternativa, que o Ministério da Saúde inclua no PNI as doses, mas as entregue apenas aos estados que fizeram a compra, como forma de antecipar as doses que já o Ministério já iria entregar.
“Ou seja, nós recebemos as vacinas aqui, aplicamos na nossa população, e as futuras entregas do PNI seriam descontadas e mandadas para os demais estados para poder futuramente reequilibrar essa conta em todo o país”, explicou.
A proposta de antecipação das doses, com a compensação, foi defendida por todos os governadores que adquiriram a Sputnik V.
Queiroga adiantou que irá encaminhar a proposta para análise da procuradoria do ministério.
