sábado, 27 de julho de 2024
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Figueiredo cita saída de 22 secretários de Saúde e diz ter cogitado “jogar a toalha”

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou ao Jornal da CBN Cuiabá, nesta terça-feira (17), que 22 chefes de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso abandonaram as pastas desde janeiro deste ano. Ao portal, o gestor revelou também já ter cogitado “jogar a toalha”.

À reportagem, o secretário pontuou as dificuldades enfrentadas pelos gestores responsáveis pela Saúde, tanto a nível municipal, estadual e federal. Os apontamentos de Figueiredo foram feitos após o gestor ser questionado sobre o desempenho esperado do novo responsável pelo Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, na condução da pandemia da Covid-19.

“Sempre que houve troca de ministro, a gente torceu para que a coisa funcionasse. A performance, a escolha do assessor, leva em consideração a convergência entre duas questões, competência e confiança. Você pode ser o mais competente do mundo, se o seu líder principal não confia em você não vai dar certo”, disse o secretário.

“Teve ministro que ficou 18 dias no cargo. Não é um desafio fácil. São poucos que vão ter coragem de enfrentar isso. Hoje, no país, todo dia troca secretário de Saúde. No estado de Mato Grosso, de janeiro até aqui, já trocou 22 secretários de Saúde. Assumiram, viram que a situação era difícil e jogaram a toalha no dia seguinte. Imagina enfrentar no pior momento da história da pandemia, em que o país é epicentro mundial, um cargo dessa natureza”, reiterou.

Ao comentar sobre o tema, o secretário lembrou as dificuldades que ele próprio tem enfrentado à frente da pasta. Figueiredo citou o fato de ter sido infectado duas vezes pelo vírus, tendo sido internado em ambas as vezes.

“Falar que em algum momento eu não pensei em jogar a toalha seria uma hipocrisia muito grande. A nossa angústia de 24 horas chega a um momento em que você perde as forças. Eu estou dormindo duas horas ou três horas por dia. A qualquer momento eu vou desmaiar, porque a energia acaba sugando”, disse.

O gestor pontuou que a condução da pasta é executada com base na confiança mútua entre ele e o governador Mauro Mendes (DEM).

“Muitas das coisas que fizemos até aqui fui eu quem levei ao govenador Mauro Mendes Muitas coisas ele questionou, algumas ele não concordou e a grande maioria ele apostou nelas. Porque quando ele me escolheu, eu acredito que a confiança que ele tem em mim é superlativamente maior do que a minha competência, mas ela é imprescindível”, finalizou.

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