O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que acompanha a progressão da Covid-19 em Mato Grosso, afirmou que a semana entre os dias 7 a 13 de março, teve os piores registros da pandemia no Estado.
Foram notificados 11.005 casos novos e 337 óbitos durante a semana, média de 1572 casos e 48 mortes por dia.
Até então, segundo ele, o maior número de casos [10.487] havia sido registrado na semana de 19 a 25 de julho do ano passado. E o maior volume de óbitos [296], na semana de 26 de julho a 1° de agosto passado.
“À época, no pico da primeira onda da pandemia, a curva epidêmica se estabilizou em um platô, que durou em torno de 5 semanas, com média aproximada de 1400 casos e 40 óbitos diários, com a taxa de contágio também estabilizada (em torno de 1,0)”, explicou ele.
“Desta vez, a taxa de contágio mantém-se acima de 1,0 desde o dia 17 de fevereiro, e ontem (13/03) encontrava-se em 1,24, ou seja, 100 pessoas transmitem o vírus para 124 novas pessoas durante o ciclo de transmissão da doença (de 10 a 14 dias). Isso significa que a curva epidêmica tende a seguir acelerada, com o número de casos novos e óbitos aumentando”, emendou.
“Sucessivas ondas de mortes”
Nesta semana, o deputado voltou a defender a adoção de quarentena em Mato Grosso, como forma de conter o avanço desenfreado da Covid-19.
Segundo ele, caso tal medida não seja adotada, o Estado poderá enfrentar uma situação ainda mais grave da pandemia, contabilizando um alto número de óbitos em decorrência da doença.
“Volto a insistir, com contágio acelerado e colapso na saúde, a ampliação de leitos deve ser acompanhada de quarentena, auxilio financeiro e vacinação. Do contrário, o vírus seguirá seu curso evolutivo sem obstáculos e a pandemia será prolongada, com sucessivas ondas de dor e morte”, disse o deputado.