O deputado federal Nelson Barbudo (PSL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), defendeu que não haja eleição caso o voto impresso não seja utilizado no pleito.
Em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, na manhã desta terça-feira, o parlamentar afirmou que há clamor popular em torno do voto auditável e, nesse sentido, a vontade do povo deve ser respeitada.
Em defesa do sistema auditável, que já foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, o deputado questionou o fato de os ministros da Corte superior não aprovarem este tipo de formato eleitoral.
“Os ministros do Supremo Tribunal Federal estão levando a sociedade brasileira a realmente desconfiar que há fraude nas urnas eletrônicas. Qual a dificuldade dos ministros em não aceitarem as urnas auditáveis?”, disse Barbudo.
“Se nós temos o dinheiro para comprar as urnas e a vontade popular, por que 3 ou 4 pessoas querem mudar o destino dessas eleições? Temos que ficar atentos e, se não for respeitada a vontade do povo, que não tenha eleição”, acrescentou.
Sem provas apresentar provas de fraude, Barbudo disse que um hacker, que não teve o nome citado, afirmou que seria “muito fácil fraudar as urnas”. Contudo, conforme o Tribunal Superior Eleitoral, os aparelhos sequer têm conexão com a internet.
O deputado também lembrou uma das falas do presidente Bolsonaro a respeito de fraude eleitoral, na qual o chefe do Executivo, mesmo tendo ganhado a eleição presidencial, defendeu ter havido fraude no pleito.
Segundo Barbudo, um erro na contagem dos votos na eleição de 2018 gerou uma margem de fraude de até 7%, o que teria impedido a vitória de Bolsonaro ainda no primeiro turno da disputa.
Ao falar sobre o temor de fraude eleitoral, o parlamentar citou o que considera como “risco” de o Partido dos Trabalhadores retornar ao poder por meio da eleição do ex-presidente Lula na corrida eleitoral de 2022.
“Nós sabemos o perigo que corremos, porque a abstinência de roubo é muita e sabemos o que o PT e seus asseclas são capazes. Somos a favor do voto auditável e queremos o voto auditável”, finalizou.