sexta-feira, 20 de junho de 2025
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ADOLESCENTE MORTA

Justiça concede medidas protetivas para avó e bebê após ligações anônimas

Decisão é da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo)

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), concedeu medidas protetivas à avó e à bebê que foi retirada à força do ventre da adolescente morta Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, contra os suspeitos envolvidos no crime, ocorrido no dia 12 de março, em Cuiabá.

A avó da recém-nascida, Ana Paula Meridiane Peixoto de Azevedo, solicitou as medidas após relatar que tem recebido ligações e mensagens anônimas sobre a bebê, incluindo a frase: “E aí, como está a bebê?”, o que tem gerado grande preocupação e temor.

A decisão judicial impõe restrições aos investigados, incluindo a proibição de aproximação de até 1.000 metros da avó e da criança, bem como qualquer tipo de contato, seja por mensagens ou redes sociais.

Além disso, os suspeitos estão proibidos de frequentar quaisquer locais onde a vítima menor de idade e seus familiares estejam presentes, com o objetivo de preservar a integridade física e psicológica de todos. O descumprimento das medidas poderá resultar na decretação da prisão preventiva.

A principal suspeita, Nataly Helen Martins Pereira, confessou a autoria do crime e permanece presa preventivamente.

Os outros investigados — Christian Albino Cebalho de Arruda, Aledson Oliveira da Silva e Cícero Martins Pereira Junior — foram liberados, mas continuam sendo investigados.

Na decisão, a juíza enfatizou a urgência da proteção, dada a ameaça à integridade da avó e da criança.

“É evidente a possibilidade de que tais fatos, ou até outros mais graves, possam ser cometidos”, escreveu ela na decisão.

O crime 

Nataly atraiu a adolescente até uma residência no bairro Jardim Florianópolis  para buscar doações de roupas de bebê.

No local, a vítima foi asfixiada e, enquanto ainda estava com vida, teve a barriga cortada na vertical para ter sua bebê roubada.

A assassina  foi presa e confessou o crime após levar a recém-nascida ao Hospital Santa Helena e tentar se passar pela mãe da criança.

No mesmo dia,  o corpo da adolescente foi encontrado enterrado em uma cova rasa no quintal da residência.

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