O médico ortopedista e traumatologista Guilherme Salomão assumirá a secretaria de Saúde de Cuiabá. O anúncio foi feito pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), em coletiva na tarde desta segunda-feira (9).
A medida ocorre após decisão da presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministra Maria Thereza Moura, que suspendeu a intervenção do Estado na Saúde do município.
Até que haja uma definição sobre a intervenção pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a pasta voltou a ser gerida pelo Município.
“Guilherme Salomão é médico, já atuou na rede Básica, Secundária e Terciária, já trabalhou no HMC, no São Benedito, nas UPAs e Policlínicas e conhece muito bem as Unidades Básicas de Saúde, então eu o convidei”, disse o prefeito.
Também foram anunciados Gilmar Cardoso (que responderá pelo Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos – CDMIC); Flávia Guimarães (secretária adjunta da Atenção Secundária e Roseli Barranco (secretária adjunta de Atenção Primária.
Decretos revogados
Ainda durante a coletiva realizada nesta tarde, o prefeito Emanuel Pinheiro anunciou a revogação de todos os decretos e atos normativos que haviam sido expedidos pelo gabinete de intervenção.
Por pouco mais de uma semana, a Saúde da Capital esteve sob comando do interventor Hugo Filippe Lima, nomeado pelo governador Mauro Mendes (União Brasil).
Neste período, foram realizações nomeações e exonerações na Pasta, dentre outras medidas.
Emanuel baixou um decreto e disse que as ações realizadas no período de intervenção serão apuradas.
A comissão, segundo ele, será presidida pela Secretaria de Governo e composta por representantes da Secretaria de Saúde, Secretaria de Gestão, Secretaria de Planejamento e Procuradoria Geral do Município.
O prefeito ainda contestou o relatório apresentado pelo interventor, que apontou um rombo de mais de R$ 350 milhões na Pasta.
“Estou encaminhando um pedido para a Procuradoria Geral do Município, para que faça esta interpelação judicial criminal ao interventor. Ele deverá provar colocando no papel, com documentos, balanços, empenhos, restos a pagar a existência deste débito, que não se trata de um rombo, como ele alega”, afirmou Emanuel.