quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
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INVESTIGAÇÕES NO SUPREMO

Em Cuiabá, Gilmar Mendes defende “cautela” em informações sobre morte de Zampieri

Ainda em sua passagem na cidade, Gilmar Mendes prometeu celeridade na apuração do crime

CAMILA RIBEIRO E THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu, nesta segunda-feira (18), “cautela” quanto à divulgação informações relativas às investigações do assassinato do advogado Roberto Zampieri.

O crime ocorreu dezembro do ano passado em Cuiabá e apuração tem levantado suspeitas da existência de um esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Nós estamos interessados no esclarecimento desses fatos. Nem tudo que se divulga é necessariamente verdadeiro, é preciso ter muita cautela em relação a essas divulgações, muita reflexão em torno disso. Isso vale para nós, para as autoridades investigadoras e vale para a imprensa”, afirmou Mendes.

A declaração foi dada em coletiva à imprensa na Assembleia Legislativa, onde o ministro participa de um seminário que celebra os 35 anos da Constituição de Mato Grosso.

Análises do celular de Zampieri revelaram diálogos que indicam o envolvimento do empresário cuiabano Andreson Gonçalves em um esquema que visava influenciar decisões judiciais em tribunais de segunda instância.

No final de outubro, o ministro Cristiano Zanin, do STF, avocou para a Corte Suprema a ação penal que trata da morte de Zampieri.

A ação estava tramitando na 12ª Vara Criminal de Cuiabá e foi requerida pelo ministro por conta dos desdobramentos do caso, que já resultaram no afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, um juiz de Vila Rica, e ainda cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Ainda em sua passagem por Cuiabá, Gilmar Mendes prometeu celeridade na apuração do crime.

“Os fatos estão sendo investigados. Como se entendeu que poderia haver repercussão na esfera da prerrogativa de foro esse processo, a pedido da Procuradoria Geral para o Supremo, foi distribuído ao ministro [Cristiano] Zanin, que ficará responsável por conduzir as investigações. O Judiciário estará empenhado em esclarecer esses fatos com a maior rapidez possível.”

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