sábado, 27 de julho de 2024
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OPERAÇÃO SIERRA HOTEL

PF e Gaeco miram empresários que usaram ambulância para transportar drogas

Mandados são cumpridos em Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo

A Polícia Federal e o Grupo Especial de Atuação ao Crime Organizado (Gaeco) cumprem, nesta quarta-feira (28), 10 mandados de busca e apreensão contra um grupo acusado de financiar o tráfico de drogas e crimes conexos em Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.

A ação integra a Operação Sierra Hotel.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste.

Além de Primavera e Cuiabá e Várzea Grande, os mandados são cumpridos em Guarulhos (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

As apurações identificaram empresas de Primavera do Leste utilizadas na intermediação de negociações suspeitas, com envolvimento de pessoas físicas e jurídicas de diversas partes do país no financiamento do tráfico de drogas.

Apreensão no Rio

As investigações começaram em junho de 2021, quando uma pessoa foi flagrada transportando 470 tabletes de substância análoga à maconha em uma ambulância, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, três pessoas foram presas em flagrante.

O motorista era acompanhado por dois “batedores”, que acabaram identificados como proprietários da droga.

Atividades financeiras

As investigações fizeram o mapeamento das atividades financeiras do grupo criminoso, que demonstrou que empresas ligadas aos proprietários da droga tiveram transações financeiras milionárias no período investigado.

Uma das empresas, com endereço cadastral em Mato Grosso, sequer existe fisicamente.

Apesar disso, teria emitido notas fiscais em volume de empreendimento de grande porte, sem qualquer lastro fático, visando a aparentar o envio e recebimento de grandes quantidades de valores de pessoas físicas e jurídicas de vários estados do Brasil.

Dentre os artifícios usados pela quadrilha, a criação fraudulenta de empresas quanto à sua capacidade financeira, ou ainda de “empresas de fachada”, usadas para acobertar as transações ilegais.

Nesses casos, o nome social das empresas era formado a partir das iniciais do nome do seu responsável formal, o qual, na realidade, outorgava poderes a terceiros, por meio de procuração, para o efetivo controle das atividades.

O nome da operação Sierra Hotel faz alusão às iniciais do mentor do esquema criminoso, em virtude de utilizar as iniciais de “laranjas” nas empresas “fantasmas” criadas em nome de terceiros, mas operadas por ele através de procurações.

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