No primeiro mês deste ano, Mato Grosso registrou 4.718 casos da Covid-19 e nove mortes em razão da doença.
Os números constam no Painel Epidemiológico da secretaria de Estado de Saúde.
Em 2023, neste mesmo período, foram registrados 7.097 casos e 36 mortes, o que representa uma queda de 66% entre os casos confirmados e de 25% entre as mortes por coronavírus.
Apesar da queda, a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moras, reforça a necessidade de manter o cartão de vacina atualizado contra o coronavírus.
“Estamos falando de uma doença imunoprevenível, ou seja, ela pode ser controlada, mas para isso é imprescindível a vacinação. Não podemos baixar a guarda para esse vírus que já ceifou muitas vidas. Por isso, quem ainda não completou o esquema vacinal deve procurar uma unidade de saúde mais próxima para se imunizar”, orienta Alessandra.
Baixa cobertura
Dados divulgados pela Saúde do Estado também revelam uma baixa cobertura vacinal em Mato Grosso.
A taxa de cobertura da vacina bivalente está em apenas 8,16% da população.
“A vacina ainda é a única medida eficaz para evitar a forma grave da Covid-19. Para alguns grupos de riscos e faixa etária, já está comprovado que o imunizante precisa ser reaplicado a cada seis meses. À medida que analisamos entre a primeira e a quarta dose, vemos a taxa de cobertura diminuir e isso coloca a população em risco”, alerta o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Esquema vacinal
O Ministério da Saúde incluiu a vacina contra Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação.
Conforme preconizado pelo Governo Federal, devem receber uma dose da vacina bivalente a cada seis meses as pessoas de 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas que receberam uma última dose da vacina monovalente ou bivalente há mais de seis meses, independentemente do número e tipo de dose já realizada.
A dose anual da bivalente deve ser aplicada nas pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade maiores que 18 anos, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.
O imunizante também foi incluído no Calendário de Vacinação Infantil.
A recomendação é aplicar uma vacina específica da fabricante Pfizer em crianças com idade a partir de seis meses e menores de 5 anos.
Todas as crianças de seis meses a menores de cinco anos não vacinadas ou com doses em atraso poderão completar o esquema de três doses, seguindo o intervalo recomendado de quatro semanas entre a primeira e a segunda doses e oito semanas entre a segunda e a terceira.
Crianças que já receberam três doses de vacinas contra a Covid-19, nesse momento, não precisam de doses adicionais.
“Esse novo calendário vacinal visa atender o público mais vulnerável em razão da idade e outras condições de imunidade, visto que essas pessoas têm uma perda dos anticorpos produzidos pela vacinação mais rápida do que nas demais pessoas, por isso a necessidade de novas doses”, explica Alessandra.
A superintendente esclarece ainda que as pessoas que não fazem parte de nenhum grupo prioritário e que não tenham sido vacinadas anteriormente sem nenhuma dose prévia deve procurar um posto de saúde para iniciar o esquema vacinal com o imunizante monovalente. Já quem tomou pelo menos uma dose, mas não completou o esquema, pode procurar a unidade de saúde para tomar a vacina bivalente.