sexta-feira, 17 de maio de 2024
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ATAQUE A BOMBA

Autor de explosão em supermercado vira réu por seis crimes

O MPE ainda requereu que o acusado seja submetido ao Tribunal do Júri

A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público Estadual contra o barbeiro Rodrigo Machado de Oliveira, de 33 anos, que confessou ter explodido uma bomba em um supermercado  na cidade de Rondonópolis (212 km de Cuiabá).

O crime ocorreu no dia 4 de abril e o autor está preso na unidade prisional Major PM Eldo Sá Correa, conhecida como Mata Grande.

Rodrigo passa a ser réu pela prática de duas tentativas de homicídio qualificado, duas extorsões qualificadas, explosão e colocação de artefato explosivo.

A denúncia foi oferecida pela 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Rondonópolis e recebida pelo juiz Wagner Plaza Machado Júnior, da 1ª Vara Criminal da comarca, na segunda-feira (8).

O MPE ainda requereu que o acusado seja submetido ao Tribunal do Júri.

Tentativa de homicídio

De acordo com a denúncia, agindo com dolo eventual, por motivo torpe e valendo-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, Rodrigo tentou matar um menino de sete anos de idade mediante o uso de um artefato explosivo que resultou em perigo comum.

Da mesma maneira, tentou matar uma mulher identificada como Tatiane da Silva Arruda. As vítimas estavam no mercado no momento da explosão.

Segundo o promotor de Justiça Substituto Fernando de Almeida Bosso, os crimes não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade dele.

“O denunciado também expôs a perigo a vida e a integridade física de clientes e funcionários que estavam no interior do supermercado (…), bem como o patrimônio dos sócios-proprietários do referido estabelecimento comercial, mediante a explosão”, citou o promotor, em trecho da denúncia.

Além disso, o MPE apontou que Rodrigo constrangeu quatro vítimas mediante grave ameaça, com o intuito de obter para si vantagem econômica indevida, sob pena de fazer ataques contra 11 lojas da rede comercial.

Ele queria receber R$ 300 mil em moeda Bitcoin.

Segundo apurado durante as investigações, dizendo “ser membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência”, Rodrigo entrou em contato via aplicativo de mensagens com o telefone de Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do estabelecimento, exigindo o pagamento de R$ 300 mil em criptomoedas.

Caso contrário, ele iria atacar as lojas que compõem a rede.

No mesmo dia, fim da tarde, ele explodiu um artefato que estava fixado no supermercado, arremessando estilhaços contra uma criança e uma mulher.

Além disso, o denunciado causou prejuízos patrimoniais aos sócios do supermercado.

No dia 5 de abril, ciente da extensão dos danos ocorridos em razão da repercussão nas redes sociais, Rodrigo entrou novamente em contato com o SAC, fez nova grave ameaça e exigiu o pagamento dos R$ 300 mil.

Diante das novas ameaças e exigências, foram fechadas e vistoriadas todas as lojas da rede. Na mesma unidade onde houve a explosão no dia anterior, foi encontrado um objeto com características de artefato explosivo.

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