segunda-feira, 16 de setembro de 2024
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OPERAÇÃO HYPNOS

TJ nega soltar ex-diretor acusado de esquema na Saúde de Cuiabá

Decisão foi dada pelo desembargador Gilberto Giraldelli, da Terceira Câmara Criminal

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O desembargador Gilberto Giraldelli, da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou habeas corpus que pedia a soltura do ex-diretor financeiro da Empresa Cuiabana de Saúde Pública de Cuiabá (ECSP), Eduardo Pereira Vasconcelos.

A decisão foi publicada nesta quinta-feira (16).

Eduardo foi preso no último dia 8 durante a 2ª fase da Operação Hypnos, que investiga um suposto esquema que teria desviado R$ 3,2 milhões da ECSP, em 2021, através de um contrato com a empresa Remocenter Serviços Médicos, acusada de ser “fantasma” e fazer venda “fictícia” de remédios.

No habeas corpus, a defesa do ex-diretor alegou constrangimento ilegal na manutenção da prisão, tendo em vista que ele já se encontra afastado do cargo público.

Também ressaltou que o ex-secretário de Saúde da Capital, Célio Rodrigues, que foi preso na primeira fase da operação, foi solto recentemente por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na decisão, o desembargador destacou, porém, que a prisão preventiva está “idoneamente fundamentada no risco que o estado de liberdade do increpado representa à ordem pública e à conveniência da instrução criminal”.

“Nessa toada, atento à prova pré-constituída, em um juízo de cognição sumária, não verifico, primo ictu oculi, manifesta ilegalidade, teratologia ou abuso de poder aptos a ensejar a extravagante concessão liminar do writ (art. 5º, inc. LXVIII)”, decidiu.

2ª fase da Hypnos

Além do ex-diretor financeiro, também teve o mandado de prisão expedido na 2ª fase da operação, o empresário Maurício Miranda de Mello, dono na Remocenter Serviços Médico. Ele, no entanto, se encontra foragido.

Além disso, a Justiça determinou a suspensão dos servidores Raquell Proença Arantes, Jussinane Beatriz Perotto e João Victor Silva de suas funções na Empresa Cuiabana de Saúde Pública até a conclusão da ação penal que investiga esquemas no órgão.

A Justiça também determinou a aplicação de medidas cautelares à Monica Cristina Miranda dos Santos, João Bosco da Silva, Gilmar Fortunato, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, Raquell Proença Arantes, Jossiane Beatriz Perotto, João Batista de Deus Júnior e João Victor Silva.

Eles estão proibidos de acessarem as dependências administrativas da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, do Hospital Municipal de Cuiabá e do Hospital Municipal São Benedito.

Ainda foi ampliada a determinação quanto ao sequestro de bens, que agora supera o montante de R$ 3,2 milhões, valor correspondente a todos os pagamentos supostamente fraudulentos encontrados, atingindo os onze réus e todas as empresas registradas no nome de um deles.

 

 

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