segunda-feira, 30 de junho de 2025
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VENDA ILEGAL DE MERCÚRIO

PF: ex-vereador de Cuiabá e familiares comandavam esquema

Pai e primo de Dodo Veggi também seriam "cabeças" de organização criminosa

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O ex-vereador de Cuiabá Arnoldo Veggi, o Dodo Veggi, é apontando pela Polícia Federal como um dos chefes da organização criminosa acusada de vender  mercúrio de forma ilegal no país. Dodo foi eleito suplente nas eleições de 2016. Entre 2017 a 2020 assumiu o mandato na Câmara Municipal em três ocasiões.

O esquema foi desmontado na Operação Hermes (Hg), deflagrada nesta quinta-feira (1), em Mato Grosso e outros seis estados. De acordo com a PF, a família Veggi,  comandava seis empresas com atividades de organização e associação criminosa, receptação, contrabando, falsidade documental e lavagem de dinheiro.

Além de Dodo, segundo a PF, também faziam parte do comando da organização criminosa, o pai dele, o empresário e químico Ali Veggi, além do primo, Edgar Veggi. Ali foi presidente do Detran no fim dos anos 90, no governo Dante de Oliveira (falecido em 2006), e  ex-diretor do IFMT.

Também integra o grupo de comando o empresário Edilson Rodrigues de Campos, segundo a PF.

Conforme a Polícia Federal Dodo seria responsável pela parte operacional e política do esquema.

Edgar, por sua vez, seria o responsável financeiro.

Já Ali, cuidaria da parte técnica, por ter formação em química.

E Edilson atuaria na movimentação e parte operacional, com a expertise obtida desde 2013.

Todos eles foram presos de forma preventiva na operação, assim como o Dj cuiabano Patrike Noro de Castro, também acusado de integrar a organização criminosa.

Segundo escalão

No segundo escalão da organização, segundo a PF, estariam o Anderson Ferreira de Farias, Felix Lopez Bress, Bruna Damasceno Veggi (esposa de Edgar), Edy Veggi (pai de Edgar), Alberto Veggi Atala e Ali Veggi Junior (filho de Ali e irmão de Dodo). Tirando esses dois últimos, todos foram presos de forma temporária na operação.

Conforme, a Polícia Federal, eles seriam sócios em comum dos principais investigados, com consciência dos ilícitos praticados e permitindo a utilização de seus nomes para movimentarem valores suspeitos.

Com papel central, a PF ainda apontou que estariam Marcelo de Queiroz Machado e Antonio Carlos Costa de Almeida, sócios da empresa Apliquin Equipamentos e Produtos Químicos.

Em grau hierárquico inferior, a PF cita que estariam: Jhenyfer Silva Torres, André Ponciano Luiz, Patrike Noro de Castro e Luciano Reginaldo Monteiro,

No mesmo patamar estariam Ferdinando Rigueira Morelli e José Carlos Morelli.

, administradores da Metalms, empresa que, ao lado da Apliquim, forneceria “créditos de mercúrio” no sistema do Ibama.

Compradores 

Segundo a PF, o empresário Valdinei Mauro de Souza, um dos maiores empresários de mineração do País e considerado o “Rei do ouro” em Mato Grosso, que foi alvo de um mandado de busca e apreensão na operação, é acusado de ser um dos principais compradores do mercúrio ilegal.

A operação

A Operação Hermes (Hg) é a maior operação de desarticulação de uso ilegal de mercúrio da história.

As fraudes identificadas e investigadas têm como modus operandi o lançamento de dados falsos no CTF (Cadastro Técnico Federal), que é o sistema de controle de importação e comércio de mercúrio metálico, sob responsabilidade do Ibama.

A partir daí, a organização criminosa conseguia comercializar, através de créditos virtuais fictícios, o mercúrio ilegal advindo do contrabando.

No total, a PF cumpriu 10 mandados de prisões e 49 mandados de busca e apreensão.

Além disso, os investigados tiveram as contas bloqueadas em mais de R$ 1,1 bilhão

Durante a ação, a PF ainda apreendeu 80 veículos, 13 relógios importados avaliados em R$ 4 milhões, cerca de 150kg de mercúrio, um revólver, uma espingarda, 2,5kg de ouro e aproximadamente R$132 mil em espécie.

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