sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
InícioPolíticaOperação mira servidores da prefeitura que espalhavam fake news contra políticos e...
VEJA VÍDEO

Operação mira servidores da prefeitura que espalhavam fake news contra políticos e delegados

As investigações identificaram o modus operandi de três suspeitos envolvidos na realização de ataques ofensivos e/ou propalar fakes news

A Polícia Civil cumpriu seis mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (14) contra dois servidores da prefeitura de Cuiabá e um empresário por supostamente espalharem fake news contra políticos e delegados.

O cumprimento dos mandados conta com apoio das equipes da Gerência de Combate ao Crimes Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), sob a coordenação da DRCI.

As investigações identificaram o modus operandi de três suspeitos envolvidos na realização de ataques ofensivos e/ou propalar fakes news, aparentemente previamente ajustadoscom as suas identidades expostas ou veladas (por meio de números cadastrados fraudulentamente em nome de terceiros), através das redes sociais divulgando montagens de fotografias e vídeos.

Além de falsas notícias que atingem vereadores municipais e empresários, é apurada nas investigações a divulgação de fake news contra o governador Mauro Mendes, o secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho e a primeira-dama Virgínia Mendes.

Além de detetives particulares, delegado-geral da Polícia Civil, outros delegados, comandante-geral da Polícia Militar e outros oficiais que supostamente estariam colocando escutas clandestinas de conversas realizadas com parlamentares estaduais.

A natureza falsa da notícia foi devidamente provada após a realização de minuciosa perícia no Palácio Paiaguás pela Politec e demais elementos colhidos nos autos da investigação.

Nesse mesmo contexto da divulgação da fake news da gravação/captação clandestina, visa-se colher elementos informativos sobre a indevida e prematura atribuição de autoria de contratação de detetive particular pela primeira-dama do Estado e pelo governador do Estado para fins de investigar e cometer assassinato de reputação contra um jornalista

Alvos da operação

A operação tem como alvo três homens, sendo que dois deles há pelo menos um ano têm divulgado, de modo reiterado, falsas notícias e conteúdo de caráter criminoso contra as pessoas públicas citadas.

Dois dos suspeitos são servidores da Prefeitura Municipal de Cuiabá, sendo um deles assessor de endomarketing e o outro servidor temporário da Secretaria Municipal de Saúde. O terceiro envolvido é empresário do ramo de publicidade.

Os indícios de autoria de produção e da pulverização da fake news, ante os dados técnicos coletados durante a investigação policial, recaem sobre um dos investigados, de 55 anos, o qual figura como suspeito em pelo menos três inquéritos policiais. Há suspeita de que o conteúdo ofensivo e fake news foram divulgados durante horário de expediente.

Segundo o delegado da DRCI, Ruy Peral, dentre os investigados, também está um homem de 37 anos de idade, de alta periculosidade, condenado à pena de 16 anos e 11 meses de prisão por ser um dos líderes de “quadrilha” que praticou furtos qualificados contra bancos nos Estados de MT, GO e TO.

“Atualmente ele é funcionário contratado da Secretária Municipal de Saúde e figura como suspeito de praticar delitos de roubo majorado, extorsão, ameaça, calúnia, difamação e injúria. É temerário que um indivíduo de tal periculosidade e que ainda cumpre pena no regime semiaberto seja integrante da possível associação criminosa investigada”, disse o delegado.

Penas previstas

Com a entrada em vigor da Lei nº 13.964/19 – Pacote Anticrime, os crimes contra a honra praticados ou divulgados pelas redes sociais terão a pena triplicada.

Além disso, há hipóteses de somatório de penas com outros delitos praticados no mesmo contexto. Sendo que os investigados podem ser condenados, no presente caso a penas que ultrapassam dez anos de prisão.

Prefeitura

A Prefeitura de Cuiabá se manifestou sobre a operação por meio da nota. No comunicado, a assessoria do Executivo afirmou que os investigados na ação não compõem mais o quadro de servidores do Executivo e negou que mandados tenham sido cumpridos no Palácio Paiaguás.

“A Prefeitura de Cuiabá esclarece que nenhuma ordem judicial referente a ação policial deflagrada na manhã de hoje (14/12), pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), foi cumprida no Palácio Alencastro.

Informa ainda que os dois citados no bojo da investigação não atuam mais perante o Executivo Municipal.”

Veja vídeo dos materiais apreendidos:

 

Mais lidas nesta categoria
- Publicidade -spot_img

Siga-nos nas redes sociais

31FãsCurtida
18,052SeguidoresSeguir
3,191SeguidoresSeguir
597InscritosInscreva-se