sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
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TRAMITAÇÃO EMPERRADA

Deputado diz que Conselho LGBTQIA+ pode gerar “anarquia” e “deboche”

Desde sua proposição, a proposta tem encontrado resistência no Parlamento

O deputado estadual João Batista (Pros) afirmou que, caso aprovado, existe a possibilidade de o Conselho Estadual LGBTQIA+ ter sua finalidade desvirtuada e se tornar um canal para “anarquia” e “deboche”.

Conforme noticiado pela reportagem, o projeto que prevê a criação do Conselho foi apresentado pelo governo à Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Contudo, desde sua proposição, a proposta tem encontrado resistência no Parlamento.

Ao Jornal da CBN Cuiabá, nesta terça-feira (30), o deputado apontou que o Conselho é, sim, importante. Para o parlamentar, a instituição tem o potencial de dar suporte às vítimas de violência e viabilizar as discussões de políticas públicas para a comunidade.

“Sou da Segurança Pública e sou muito voltado para a questão de gestão. O sindicato sempre participou da formulação de políticas voltadas para diversos setores, inclusive para esse grupo de pessoas. São vítimas de violência, muitas vezes precisam de uma orientação diferenciada. Daí eu acho que o Conselho é bom nesse sentido”, disse.

Porém, apesar de apontar que há benefícios na criação do Conselho, o deputado afirmou que a discussão passa por um “desfoque” no qual a “militância” predomina e encaminha a pauta para “aquela coisa escrachada”.

“Mas acho que existe um desfoque muito grande da finalidade do Conselho. Alguns levam para outros lados, que é para militância, que é aquela coisa escrachada, debochada, que é esfregar anarquia na cara dos outros. Daí eu digo que a gente não pode ir para esse lado”, acrescentou.

Os apontamentos feitos pelo parlamentar nesta terça-feira reiteram fala semelhante que João Batista reproduziu há algumas semanas. Na situação passada, o deputado falou ser favorável à criação do Conselho desde que a instituição não fosse utilizada para dizer que “todo mundo tem que ser viado”.

À reportagem nesta terça-feira, o deputado disse não se arrepender da fala. O parlamentar citou ainda que já sofreu preconceito por ser nordestino e que não é “muito chegado nesses ‘mimimis’”.

“Foi uma brincadeira que eu fiz e não me arrependo. Sou nordestino e desde que cheguei aqui ouço piadinha de que sou baixinho, cabeça chata. Eu tenho o hábito de levar tudo isso na esportiva. Cheguei onde cheguei e não foi me vitimizando. Não sou muito chegado a esses ‘mimimis’ não”, declarou.

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