quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
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Emanuel sinaliza possibilidade de vetar Sputnik: “Povo cuiabano não é cobaia”

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que não irá autorizar a vacinação da população da Capital com o imunizante Sputnik V caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não libere o uso da vacina russa no Brasil.

O apontamento do gestor foi feito ao Jornal da CBN Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (8), data em que se comemora os 302 anos da Capital. Durante a entrevista, o gestor afirmou que poderá recursar o imunizante porque o “povo cuiabano não é cobaia”.

As falas de Emanuel foram uma resposta ao anúncio do governador Mauro Mendes (DEM) a respeito da compra de 1,2 milhão de doses da Sputnik – que ainda não recebeu liberação para ser usada no Brasil.

Conforme noticiado pela reportagem, o governador assinou o contrato de compra do imunizante na última semana. Porém, a chegada da vacina a Mato Grosso tem sido questionada pelo fato de a Sputnik ainda não ter sido autorizada no país pela Anvisa.

Ao comentar sobre a situação, o chefe do Palácio Alencastro afirmou que não tem detalhes sobre a compra da vacina. Porém, adiantou que se recusará a permitir a entrada da vacina em Cuiabá sem o aval da Agência de Vigilância.

“Não sei o que levou o governo a anunciar, precipitadamente, uma decisão que não tinha sido nem tomada ainda. Mas, eu prefiro, por não conhecer detalhes dessa negociação, eu prefiro não julgar. Eu só posso dizer que o povo cuiabano só vai ser vacinado se a Anvisa aprovar. Se a Anvisa não aprovar, essa vacina não entra aqui”, afirmou.

À rádio, o prefeito disse ter tomado conhecimento de uma suposta negociação feita com entidades internacionais de vigilância para que, mesmo sem o aval da Anvisa, o imunizante russo possa ser liberado no Brasil.

“Eu li ontem que parece que está tendo uma busca jurídica para que, se for aprovado por outro órgão sanitário internacional, pode ser aplicado aqui independente da Anvisa. O órgão que garante a segurança da vacina é a Anvisa, o Ministério da Saúde. Se não tiver o aval deles, Cuiabá não vai vacinar com a Sputnik de forma alguma. O povo cuiabano não é cobaia”, finalizou o prefeito.

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