O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que as linhas de crédito abertas pelo governo do Estado serão necessárias para oxigenar setores que foram amplamente afetados pela pandemia da Covid-19. Contudo, o parlamentar sinalizou que o aporte de R$ 55 milhões deverá acarretar um endividamento massivo no futuro.
Conforme divulgado pelo Jornal da CBN Cuiabá, o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou na quinta-feira (11) que o Executivo juntamente com o Legislativo estadual disponibilizarão um fundo de R$ 55 milhões distribuídos em três linhas de crédito para bares, eventos, restaurantes, microempreeendores individuais e micro e pequenas empresas.
O recurso servirá como um “socorro financeiro”, que poderá ser pago com baixa carga de juros e com amplo prazo de liquidação. Porém, conforme o deputado apontou na manhã desta sexta-feira (12), apesar do “alívio” para as empresas, o recurso deverá acarretar um endividamento que não “resolverá os problemas” a longo prazo.
“O que fizemos com os empregos e as empresas não vai resolver o problema, mas vai ajudar. Vai dar oxigênio e permitir que eles aguentem mais um tempo, porque a situação é muito grave. Vemos um segmento que em abril do ano passado foi atrás de crédito, pegou este crédito, deu uma animada e esses financiamentos estão todos vencendo agora”, disse.
“Tenho a convicção de que isso vai acontecer lá na frente. Na realidade, o ideal neste momento era ter uma forma de como está dando para as pessoas os recursos também dar para as empresas que pudessem pagar. Você não pode trabalhar, é um decreto para salvar vidas, o certo era o governo vir e pagar a folha de pagamento. Esse seria o ideal. O governo não tem como fazer isso nesse momento, não tem forma”, reiterou.
À reportagem, o parlamentar apontou que futuramente as lideranças deverão sentar novamente com os setores contemplados com o recurso a fim de discutir formas de liquidação da dívida.
“A ajuda que vem do governo federal, com a ajuda que o governo estadual está dando, isso tudo junto nós vamos jogar o problema para frente. Eu tenho clareza disso. E, lá na frente, vamos ter que sentar com todo mundo e montar uma nova estratégia, uma securitização ou outra forma. Eu peço aos empresários que tenham calma”, finalizou.