domingo, 14 de dezembro de 2025
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FIGURA CONHECIDA

“Marcelo VIPS”, golpista que inspirou filme e morou em MT, morre aos 49 anos

Segundo informações divulgadas pela família, a morte foi causada por complicações decorrentes de cirrose

Conhecido nacionalmente como “Marcelo VIPs”, o escritor e palestrante Marcelo Nascimento da Rocha morreu nesta terça-feira (9), aos 49 anos, em Curitiba (PR). Segundo informações divulgadas pela família, a morte foi causada por complicações decorrentes de cirrose.

Figura frequente no noticiário policial nos anos 1990 e 2000, Marcelo ficou marcado por uma série de golpes de repercussão nacional, o que lhe rendeu o rótulo de um dos maiores estelionatários do país. Natural do Paraná, ele manteve ligação com Cuiabá, onde viveu por anos e cumpriu parte de suas condenações na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Em Mato Grosso, Marcelo permaneceu preso por cerca de quatro anos, até progredir ao regime semiaberto em 2014. Posteriormente, passou a cumprir pena em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Na época, acompanhou de perto a produção do filme VIPs – Histórias Reais de um Mentiroso, lançado em 2011 e estrelado por Wagner Moura, que retrata episódios de sua própria trajetória criminosa.

Mesmo após ganhar notoriedade com o longa-metragem, Marcelo voltou a se envolver em problemas com a Justiça. Em 2018, foi novamente preso durante a Operação Regressus, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), sob acusação de falsificar documentos para obter vantagens processuais.

A carreira criminosa teve início no Paraná, com registros de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. O episódio mais emblemático ocorreu em 2001, quando se passou por Henrique Constantino, um dos fundadores da Gol Linhas Aéreas, durante o Carnaval no Recife. O golpe lhe garantiu acesso a festas, eventos e programas de televisão, até ser identificado e preso pela Polícia Federal.

Outros episódios contribuíram para a fama nacional, como quando assumiu falsas identidades de líderes de facções criminosas durante uma rebelião no complexo penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro. Ao longo da vida, também se apresentou como artistas famosos, acumulou ao menos 12 prisões e protagonizou seis fugas do sistema prisional.

Nos últimos anos, afastado do crime, Marcelo passou a atuar como palestrante e se dedicou à escrita, relatando a própria história e os bastidores dos golpes que o tornaram conhecido em todo o país.

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