O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis foi condenado, nesta quinta-feira (25), a 37 anos de prisão pelo estupro e feminicídio da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos. O crime ocorreu em agosto de 2023.
A sentença foi proferida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, após 10 horas e 30 minutos de julgamento.
A juíza determinou que o ex-militar permaneça preso e não poderá recorrer em liberdade.
O julgamento contou com a oitiva de quatro testemunhas, dentre elas, o delegado responsável pelas investigações e uma perita criminal. O réu também prestou depoimento.
Almir foi absolvido da acusação de ocultar o corpo da vítima.
Por se tratar de processo sigiloso e atendendo ao pedido da assistência de acusação (que representa a família da vítima), apenas os profissionais diretamente ligados ao processo acompanharam o julgamento.
A família se manifestou por meio de carta aberta.
Leia a íntegra:
“A família de Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni informa que acompanhou, com serenidade, todo o desenrolar do caso até a realização do julgamento ocorrido hoje, relativo ao crime que vitimou Cristiane em 2023.
Confiamos no trabalho da Justiça e entendemos que este é um passo importante para encerrar um ciclo de dor, preservando a memória de Cristiane como mulher, amiga, mãe, filha, irmã e profissional exemplar. Sua vida será sempre lembrada por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-la.
Agradecemos às autoridades, à imprensa e a todos que, de diferentes formas, têm dado apoio e conforto ao longo desse período.
FAMÍLIA CRISTIANE CASTRILLON FONSECA TIRLONI”
Relembre o crime
A advogada foi encontrada morta no dia 13 de agosto de 2023 dentro do seu carro, no Parque das Águas, em Cuiabá.
A vítima conheceu o ex-policial em um bar, conversaram e foram embora juntos para a casa dele, no bairro Santa Amália,
No local, conforme as investigações, Cristiane teria se negado a ter relações sexuais com Almir, momento em que ele decidiu matá-la.
Após uma sessão de espancamento, o assassino a asfixiou até a morte.
Ainda segundo as investigações, o ex-PM manteve o corpo da advogada em sua casa por cerca de 6 horas.
Por volta de 8h30, ele saiu do imóvel no carro de Cristiane, e com a vítima dentro, ele foi até o Parque das Águas, onde abandonou o veículo.