THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
Lideranças bolsonaristas de Mato Grosso reagiram com indignação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs nesta sexta-feira (18) o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de restringir sua liberdade de circulação à noite e nos fins de semana e proibir contato com outros investigados ou diplomatas estrangeiros.
O senador Wellington Fagundes (PL) classificou a medida como “exagerada” e “preocupante”.
Para ele, a decisão ultrapassa os limites do razoável e reforça a desconfiança da população em relação à imparcialidade do Judiciário.
“O ex-presidente sempre esteve à disposição da Justiça. Participa de eventos, concede entrevistas, nunca se escondeu. Submeter um ex-chefe de Estado a esse tipo de medida é um exagero e compromete a confiança nas instituições”, disse o senador em entrevista à imprensa.
Já o deputado José Medeiros (PL) usou as redes sociais para expressar revolta. Chamou a medida de “inaceitável” e afirmou que o STF “não guarda mais a Constituição”.
“O que Alexandre de Moraes promove nesse país é um festival do nada processual, do achismo, da narrativa, do absurdo”, declarou.
Medeiros, que pretende disputar uma vaga ao Senado em 2026, voltou a defender o impeachment de ministros do STF:
“O Senado Federal é última fronteira, o único capaz de deter o caos neste país”.
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), por sua vez, gravou um vídeo em que acusa o STF de “calar Bolsonaro” e afirmou que o Brasil está sob ameaça de um “regime comunista”.
“O presidente Bolsonaro está sendo calado. Tenho certeza que eu, assim como todos os patriotas do país, vamos ser a voz do Bolsonaro nesse momento. O que está acontecendo no nosso país é absurdo. É realmente o regime comunista sendo instalado”, disparou.
Veja: