sexta-feira, 20 de junho de 2025
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CASO RENATO NERY

Justiça aceita denúncia contra PMs por simular confronto após morte de advogado, mas nega prisão

Policiais militares são acusados de forjar ação para plantar arma usada no assassinato de Renato Nery

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

A Justiça Militar aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra quatro policiais militares acusados de integrar uma organização criminosa que teria forjado um confronto armado para encobrir a execução do advogado Renato Gomes Nery, morto em julho de 2023, em Cuiabá.

Apesar da gravidade das acusações, o juiz João Bosco Soares da Silva, da 11ª Vara Criminal da Capital, negou o pedido de prisão preventiva, optando por impor medidas cautelares como monitoramento eletrônico, proibição de contato com testemunhas, recolhimento domiciliar noturno, além da suspensão do porte de armas e do exercício da função pública.

Foram denunciados os PMs Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso.

Os militares vão responder pelos crimes de organização criminosa, abuso de autoridade, porte ilegal de arma de uso restrito e falsidade ideológica, todos cometidos em contexto de violência e com simulação de confronto armado. Todos já estão afastados da Polícia Militar.

Conforme a denúncia, eles teriam simulado um confronto no bairro Pedra 90, no dia 12 de julho de 2023 — uma semana após o assassinato do advogado — para plantar com supostos criminosos a arma utilizada no crime.

Durante essa ação forjada, segundo o MPE, uma pessoa foi morta (Walteir Lima Cabral) e outras duas alvos de tentativa de execução (Pedro Elias Santos Silva e Jhuan Maxmiliano de Oliveira Matsuo Soma).

O crime

Renato Nery foi baleado na cabeça no dia 5 de julho de 2023, ao chegar em seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Ele foi socorrido e submetido a cirurgia no Complexo Hospitalar, mas morreu no dia seguinte.

O autor do disparo, Alex Roberto de Queiroz Silva, confessou o crime. As investigações apontam que ele agiu a mando dos empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, motivados por disputa de terras no interior de Mato Grosso.

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