sábado, 14 de dezembro de 2024
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DISPUTA DE TERRA

Alvos de operação foram denunciados por advogado antes de ser assassinado, diz delegado

Três advogados de Cuiabá e dois empresários de Primavera do Leste são os alvos da operação

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que os alvos da Operação Office Crime foram denunciados pelo advogado Renato Nery em uma representação protocolada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), dias antes de ser assassinado.

A operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (28) para cumprimentos de cinco mandados de busca e apreensão contra os advogados Antônio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araújo e os empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos.

Em conversa com a imprensa, o delegado explicou, porém,  que apesar da denúncia, as investigações da DHPP também levaram aos nomes dos envolvidos.

“Coincidentemente os alvos estão na denúncia do Renato. Mas as investigações não partiram só da denúncia do Renato, houve uma investigação mais complexa que resultou nos alvos de hoje”, afirmou.

O delegado ressaltou que a operação está sob sigilo e disse que não daria mais detalhes para não atrapalhar a investigação.

Mas como já divulgado pela própria DHPP, os fatos apurados apontam a disputa de terra como a motivação para o homicídio de Renato Nery.

O crime

 Renato Nery tinha 72 anos quando foi morto em 5 de julho deste ano. Ele chegava a seu escritório, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, uma das principais vias da capital, quando foi atingido por disparos.

Ele foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas não resistiu e foi a óbito horas após o procedimento médico.

Desde a ocorrência do homicídio, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do profissional.

No dia 30 de julho, a delegacia especializada cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarantã do Norte, Cuiabá e Várzea Grande, com o objetivo de coletar informações que corroboram as investigações.

Em setembro, a DHPP requisitou uma perícia complementar para auxiliar na identificação do executor do crime.

 

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