sábado, 28 de junho de 2025
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LAVOU EDREDON E TRAVESSEIROS

Ex-PM matou advogada no quarto e tentou apagar rastros de sangue

O delegado Ricardo Franco disse que, possivelmente, o crime foi cometido por conta de algum desentendimento sexual

CAMILA RIBEIRO – DA REDAÇÃO

O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, tentou eliminar os rastros de sangue deixados em seu quarto e em sua residência, após assassinar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos.

O crime ocorreu no final de semana, no bairro Santa Amália, em Cuiabá.

“O suspeito, quando cometeu o crime, limpou a casa toda. Tirou o edredom da cama, tirou o travesseiro. Estava tudo dentro da máquina de lavar, tudo molhado”, detalhou o delegado Ricardo Franco, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

“Ainda assim, a perícia criminalística, com o uso do luminol, conseguiu rastrear o sangue na cama, o sangue nos móveis, até a retirada do corpo da vítima do local”, acrescentou, Franco.

As declarações foram dadas na manhã desta segunda-feira (14), em coletiva à imprensa.

Segundo o delegado, os exames necroscópicos apontaram várias lesões pelo corpo da vítima, demonstrando que ela foi espancada até a morte.

A suspeita é que o assassinato tenha ocorrido na madrugada de domingo e, depois disso, o ex-militar abandonou o corpo da vítima, dentro do carro dela, no Parque das Águas.

Violência sexual

Ainda durante a coletiva, o delegado Ricardo Franco disse que, possivelmente, o crime foi cometido por conta de algum desentendimento sexual entre o homem e a advogada.

“Um crime brutal, um crime bárbaro. Um crime que entra na qualificadora do feminicídio por menosprezar a mulher, pela discriminação em face feminina. Ele queria o poder. Foi alguma coisa relacionada a parte sexual, que não foi consentido”, disse.

“Preliminarmente, a necropsia atesta múltiplas lesões de face, crânio, hematomas por pancadas e violência sexual também. Ele disse que realmente teve relações sexuais com ela, mas ela estava muito alterada, alcoolizada e que caiu na casa. Quando questionamos porque ele não socorreu, aí ele ficou em silêncio”, reforçou o delegado.

A Polícia Civil chegou a Almir por meio de um aplicativo de rastreio no celular da vítima, bem como  imagens de câmeras de segurança dos locais por onde eles passaram.

Na coletiva, o delegado também reiterou que a vítima e o assassino se conheceram neste final de semana.

Além de feminicídio, o ex-militar também deverá responder por fraude processual.

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