THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
Preso nesta quarta-feira (8) durante a 2ª fase da operação “Hypnos”, o ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública de Cuiabá (ECSP), Eduardo Pereira Vasconcelos, é suspeito de ter tentado desaparecer com provas e atrapalhar as investigações.
Segundo a Polícia Civil, na 1ª fase da operação, deflagrada no mês passado, foram encontradas e apreendidas na casa dele peças de um processo administrativo que deveriam estar nas dependências do setor administrativo da ECSP.
Dentre esses documentos, havia um atesto de recebimento de medicamento, subscrito pelo servidor João Victor Silva, do setor de farmácia, e que não havia sido anteriormente localizado na documentação solicitada à Prefeitura de Cuiabá.
De acordo com as investigações, esse atesto é falso e, por isso, João Victor Silva, também passou a ser investigado.
Conforme a Polícia Civil, o objetivo de Eduardo Vasconcelos era o de ocultar provas e obstruir a apuração do suposto esquema que teria desviado R$ 3,2 milhões da ECSP, em 2021 através de um contrato com a empresa Remocenter Serviços Médicos, acusada de ser “fantasma” e fazer venda “fictícia” de remédios à Prefeitura de Cuiabá.
Na 1ª fase da operação, deflagrada no mês passado, a Polícia prendeu o ex-secretário de Saúde da Capital, Célio Rodrigues.
2ª fase
Além do ex-diretor financeiro, também foi preso nesta 2ª fase, o empresário Maurício Miranda de Mello, dono na Remocenter Serviços Médico, que estaria envolvida no esquema.
Além disso, a Justiça determinou a suspensão dos servidores Raquell Proença Arantes, Jussinane Beatriz Perotto e João Victor Silva de suas funções na Empresa Cuiabana de Saúde Pública até a conclusão da ação penal que investiga esquemas no órgão.
A Justiça também determinou a aplicação de medidas cautelares à Monica Cristina Miranda dos Santos, João Bosco da Silva, Gilmar Fortunato, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, Raquell Proença Arantes, Jossiane Beatriz Perotto, João Batista de Deus Júnior e João Victor Silva.
Eles estão proibidos de acessarem as dependências administrativas da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, do Hospital Municipal de Cuiabá e do Hospital Municipal São Benedito.
Ainda foi ampliada a determinação quanto ao sequestro de bens, que agora supera o montante de R$ 3,2 milhões, valor correspondente a todos os pagamentos supostamente fraudulentos encontrados, atingindo os onze réus e todas as empresas registradas no nome de um deles.