THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O Tribunal do Júri condenou a empresária Ana Cláudia Flor a 18 anos de prisão, em regime inicial fechado, por mandar matar o marido, o empresário Toni da Silva Flor.
O julgamento teve início às 9h desta segunda-feira (17) e encerrou as 2h de terça (18).
O crime aconteceu em agosto de 2020, em frente a uma academia em Cuiabá. Ana Claudia foi presa um ano depois, em agosto de 2021, e desde então está detida na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto.
Durante o julgamento, Ana Claudia voltou a admitir à Justiça que encomendou a morte do marido, porém alegou que desistiu da ideia um dia após fazer contato com o atirador, Igor Espinosa.
Ela chegou a chorar, mas não convenceu os jurados.
Igor também deve ser julgado pelo Tribunal do Júri neste ano, assim como outras três pessoas. São elas: Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva, apontados como supostos auxiliares do crime.
O caso
Inicialmente, acreditava-se que Toni havia sido morto por engano, ao ser confundido com um policial federal que treinava no mesmo local que ele e tinha um carro similar ao seu.
Na época, a empresária posava de esposa sofrida em busca de respostas pelo assassinato do marido.
No decorrer das investigações, a polícia recebeu informações anônimas do envolvimento de Igor Espinosa no crime. Ele teria se vangloriado em uma festa por ter matado um “lutador de Jiu Jitsu” a mando da própria viúva da vítima.
O suspeito foi preso, confessou o assassinato e deu detalhes do plano de Ana Cláudia. Ele recebeu R$ 20 mil dela, mas a promessa era de R$ 60 mil.
Toni e Ana Claudia estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas.