A Polícia Civil e o Ministério Público prenderam 81 policiais militares no âmbito da Operação Simulacrum, deflagrada na manhã desta quinta-feira (31). Os agentes são suspeitos de terem executado 24 pessoas em confrontos forjados para promoção pessoal de suas carreiras.
Além dos mandados de prisão, outras 34 ordens judiciais de buscas e apreensão também foram cumpridas, decretadas pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá.
A operação faz parte das investigações realizadas em seis inquéritos policiais, já em fase de conclusão, relativos a supostos “confrontos” ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande.
De acordo com as investigações, os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador que cooptava interessados na prática de falsos crimes patrimoniais, sendo que, na verdade, o objetivo era ter um pretexto para matá-los.
Após atraí-los a locais ermos, onde já se encontravam os policiais militares, para serem executados, sob o falso fundamento de um confronto.
Os responsáveis pela apuração dos fatos reforçam que há vasto conteúdo probatório que contrapõe a tese de confronto apresentada pelos investigados.
As investigações indicam que a intenção do grupo criminoso era a de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões.
Na época em que ocorreram os fatos, os policiais investigados encontravam-se lotados nos batalhões Rotam, Bope e Força Tática do Comando Regional 1.
O Ministério Público e a Polícia Civil esclarecem que as ações investigadas foram praticadas por alguns membros da corporação que agem à margem e à revelia da lei.
Enfatizam, no entanto, o relevante trabalho que a Polícia Militar realiza para a sociedade no combate à criminalidade e na proteção do cidadão.
Simulacrum é a tradução em latim de simulacro (aquilo que tem aparência).
