Cuiabá não registrou nenhuma morte por Covid-19 em 24 horas pela primeira vez após mais de um ano de pandemia.
A informação consta em balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na noite da última sexta-feira (17).
Desde o final de maio de 2020, ou seja, há quase um ano e meio, Cuiabá vinha registrando pelo menos uma morte diária pelo vírus – seja de residente ou não residente.
Desde o início da pandemia, foram 3.455 óbitos de residentes e de 1.054 de não residentes.
“Isso é fruto de um trabalho sério e comprometido da Prefeitura de Cuiabá, dos nossos profissionais da saúde, do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e também de toda dedicada equipe do Vacina Cuiabá, que trabalha diariamente para vacinar com a menor brevidade possível toda a população cuiabana”, disse o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Pandemia ainda não acabou
Apesar do registro positivo, as informações contidas no Informe Epidemiológico nº 24, relativo às semanas de 29 de agosto a 11 de setembro, demonstram que ainda é cedo para comemoração.
O informe é elaborado tanto pela equipe de Vigilância em Saúde da Capital quanto por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O estudo lembra que desde o primeiro óbito por Covid-19 em residentes em Cuiabá, registrado em 15 de abril 2020 até 11 de setembro de 2021, a taxa de letalidade da doença ficou em 3,2%, índice que tem se mantido com pequenas variações desde a semana epidemiológica nº 35 de 2020 (30 de agosto a 05 de setembro) e que permanece mais elevado que o de Mato Grosso (2,6%) e do Brasil (2,8%).
De acordo com o informe, a ocorrência de óbitos nos meses de maio, junho e julho de 2021 tem apresentado tendência de redução, entretanto, no mês de agosto observou-se um aumento no número de óbitos na primeira quinzena e uma redução na segunda quinzena.
A tendência de redução permaneceu nas duas primeiras semanas de setembro, mas os pesquisadores fazem o alerta:
“Embora evidencie-se certa estabilidade, os quantitativos se mantêm em patamares elevados, as oscilações são frequentes, e ainda é preciso destacar o aumento dos óbitos nas duas primeiras semanas de agosto e das internações nas duas últimas de julho, o que requer o incremento da assistência aos casos graves”, diz trecho do informe.