Em meio ao polêmico debate envolvendo o custo dos combustíveis em Mato Grosso, o diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares, atribuiu à política de preços praticada pela Petrobras a responsabilidade pelo preço final dos combustíveis.
Segundo ele, o preço médio de venda para as distribuidoras tem sido reajustado constantemente.
Conforme o diretor, essa política resultou um aumento – somente esse ano – na casa dos 50% no preço da gasolina.
Já em relação ao etanol, o diretor pontuou que os aumentos são resultados de um conjunto de fatores que são transferidos para o preço final ao consumidor.
Dentre eles está a valorização do dólar, o preço do açúcar no mercado internacional, assim como dos insumos, e a alta no preço o da gasolina, que influencia diretamente o valor do álcool.
O secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, também se posicionou em relação a assunto e disse que o aumento registrado não tem relação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Segundo ele, as alíquotas sobre os combustíveis praticadas em Mato Grosso estão entre as menores do país.
Ele reiterou que a variação de preços se deve aos aumentos praticados pela Petrobras, que tem elevado o preço da gasolina de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional.
Isso, segundo ele, favorece os investidores com lucros recordes, mas gera inflação e penaliza o cidadão.
O ICMS que incide sobre os combustíveis em Mato Grosso é o mesmo praticado há 10 anos e o Estado tem hoje a menor alíquota estadual do etanol, que é de 12,5%.
Já a tributação sobre a gasolina também figura entre as mais baixas – de 25%, o mesmo percentual aplicado nos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Roraima, Acre, Amazonas e Amapá.